Comprar ou vender?

Veja as ações que mais ganham, e as que estão ficando para trás, no setor de saúde

06 out 2020, 15:09 - atualizado em 06 out 2020, 15:37
Saúde
Segundo o banco, a NotreDame é uma melhor escolha que a Hapvida devido à avaliação e a expectativa mais favorável para ganhos de mercado (Imagem: Pixabay)

A ANS (Agência Nacional de Saúde) divulgou um “raio X” dos planos de saúde em agosto. No período, os números foram especialmente positivos para a NotreDame (GNID3), que apresentou forte adição líquida de 22 mil membros.

Em compensação, a Amil registrou prejuízo líquido, o que sugere que a NotreDame esteja ganhando contratos da operadora, afirma o Safra em relatório enviado a clientes. Já a Hapvida andou para trás: perdeu 4 mil membros, apesar de uma sólida atuação nas regiões Norte e Nordeste.

Segundo o banco, a NotreDame é melhor escolha que a Hapvida (HAPV3) devido à avaliação – o preço sobre o lucro da Hapvida é de 32 vezes enquanto a NotreDame é de 39 – e à expectativa mais favorável ​​para ganhos de participação de mercado, como a expansão da empresa no sul e sudeste.

“Ambas as empresas entregaram acumulado positivo de adições líquidas desde o início da pandemia, com a NotreDame sendo mais consistente e a Hapvida mais volátil, mas o desempenho superior da NotreDame aumentou em agosto”, afirmam os analistas Ricardo Boiati e Rafael Une, que assinam o relatório.

Para eles, a Hapvida terá que se atualizar nos próximos meses se quiser manter a recomendação de compra.

Números

Todos os tipos de contratos (corporativos, afinidade e individual) mostraram aumentos sequenciais, bem como todas as regiões, exceto o Centro-Oeste (como no estado de Goiás).

“Os dados são positivos para o setor como um todo, seguindo a tendência observada nos números do Caged da semana passada. Nós esperamos essa melhora nos dados da ANS deve persistir nos próximos meses”, afirmam.

Juntas, NotreDame e Unimed representaram 80% das adições líquidas em agosto.

Mercado de trabalho

A Hapvida e a Hermes Pardini (PARD3) devem se beneficiar com a forte geração de empregos formais, de acordo com o Safra.

No último dia 30, o Ministério da Economia divulgou os números relativos à geração de empregos do mês de agosto, com adições líquidas de 249.388. Considerando os ajustes líquidos dos meses anteriores, agosto surge como o segundo valor positivo consecutivo, após quatro meses de destruição líquida de empregos.

A destruição de empregos acumulada desde o início da pandemia ainda é de cerca de 1,2 milhões, mas os últimos dois meses representaram uma recuperação de 25% da destruição total de empregos vista de março a junho.

De acordo com o banco, a geração de empregos é um dos principais impulsionadores dos planos de saúde privados, já que a maioria dos planos é do segmento corporativo.

“Os dados de agosto são notícias claramente positivas para as ações do setor de saúde, e já impactam os nomes listados”, informou o Safra.