Veja as ações para comprar no Ibovespa com incerteza fiscal e juros altos, segundo a Guide
A direção do Ibovespa em 2023 vai depender do desempenho da economia brasileira. Enquanto os investidores começam a precificar os planos de gastos fiscais mais altos do novo governo, a visão sobre a inflação e o crescimento econômico também começa a ficar menos otimista.
Pensando nisso, a Guide Investimentos preparou um relatório em busca de oportunidades em um cenário de alta dos juros e queda do Ibovespa. Segundo a equipe de research, o comportamento da curva de juros futuros após as eleições teve impacto negativo em todos os ativos brasileiros.
Mas isso gerou boas oportunidades em todos os mercados. Para a Guide, enquanto não houver definição sobre quem será o ‘posto Ipiranga’ do presidente eleito nem sobre o tamanho da PEC da Transição, é prudente investir em ativos que ofereçam alguma proteção.
Neste cenário, os analistas Fernando Siqueira, Rodrigo Fraga e Gabriel Garcia recomendam ações de empresas de “qualidade” e que sofreram quedas expressivas no período recente. Neste grupo estão: Arezzo (ARZZ3), Multiplan (MULT3), Totvs (TOTS3) e Itaú Unibanco.
Oportunidades além do Ibovespa
Além disso, a Guide Investimentos também sugere que os investidores se protejam em ativos indexados à inflação, como NTN-B na renda fixa, ou em fundos imobiliários. “A maioria dos fundos possui contratos indexados ao IPCA e, portanto, oferecem alguma proteção também”, explicam os analistas da equipe de research.
Para eles, a taxa Selic já está perto do pico, próxima à faixa de 14%, o que é positivo para os fundos imobiliários.
Veja também o que evitar
Em contrapartida, também é preciso estar atento para não embarcar em canoa furada. Diante do elevado risco com a situação fiscal, a Guide lembra que ainda é prudente evitar investimentos mais arriscados.
Nessa lista, estão empresas muito endividadas no mercado de ações, fundos imobiliários high-yield e fundos imobiliários alavancados. Já na renda fixa, as LTNs não oferecem a mesma proteção contra a inflação embutida nas NTN-Bs, reduzindo o risco-retorno do título prefixado.