Veja as ações e os fundos de ações queridinhos dos grandes investidores em março
Os efeitos da Covid-19 na saúde pública e os impactos negativos na economia real por causa das medidas de isolamento social necessárias para achatamento da curva de contágio fizeram com que a Bolsa tivesse forte volatilidade em março.
O Ibovespa fechou o mês passado com uma desvalorização de 29,9%, acumulando uma queda de 36,86% no ano. Algumas companhias chegaram a ter desvalorizações nas suas ações na ordem de 40%, 60% e 70% em apenas 30 dias.
No meio desta turbulência, o Big Data SmartBrain revela quais foram as ações favoritas dos grandes investidores atendidos por assessores de investimentos independentes.
Veja o ranking das ações mais investidas em março:
Não aconteceram muitas mudanças nas ações – sete que já apareciam na lista em fevereiro, continuaram sendo bastante compradas em março.
São elas: Petrobras (PETR4), Vale (VALE3), o ETF BOVA11, Itaú (ITUB4), Via Varejo (VVAR3), IRB Brasil Resseguros (IRBR3). De forma geral, os investidores aproveitaram a baixa nas cotações desses papéis vislumbrando potenciais de ganhos no longo prazo.
A ação preferencial da Petrobras apareceu na primeira posição no ranking. Apesar da cautela em relação ao conflito entre a Opep e a Rússia em torno da produção e dos preços do petróleo e da queda de demanda da commodity, a companhia petrolífera brasileira teve recomendações por estar com a situação financeira mais equilibrada, após reduzir suas dívidas e vender ativos considerados não estratégicos.
A Vale manteve-se em segundo lugar porque, segundo analistas, a ação já estava descontada em relação a outras empresas do segmento, além disso, a China, epicentro da crise, já está retomando suas atividades e a alta do dólar beneficia os negócios da companhia. Por sua vez, existe uma disciplina de oferta entre as quatro maiores produtoras mundiais, o que deixa dos preços do minério de ferro em patamares competitivos.
Para tornarem as carteiras de ações mais diversificadas, o ETF BOVA11, fundo de índice que tem como objetivo seguir o Ibovespa, foi mais investido, passando da quarta para a terceira posição.
Em março, houve maior procura por oportunidades no setor financeiro. O Itaú, que ocupava a nona posição passou para a quinta, e entrou na lista a Itaúsa (ITSA4), a holding que controla o banco. Os grandes investidores também adicionaram ações do Banco do Brasil (BBAS3) e do Bradesco (BBDC4) às suas carteiras.
Também chama a atenção a procura por varejistas – a Via Varejo (VVAR3) e o Magazine Luiza (MGLU3). Apesar das quedas mais acentuadas no caso da Via Varejo, há uma percepção que o e-commerce terá uma performance melhor, bem como, há uma expectativa de alguns agentes de mercado para um horizonte maior de retomada.
A Via Varejo está em um processo de turnoround liderado pelo seu CEO, Roberto Fulcherberguer, que além de renegociar estoques e contratos comerciais, tem buscado aperfeiçoar seus canais de vendas online – site e aplicativo.
Já o Magalu, tem boa posição de caixa e uma das maiores e mais robustas plataformas de e-commerce do país, pontos favoráveis para atravessar a crise.
No mês passado, mesmo após polêmicas envolvendo as divulgações financeiras do IRB Brasil Resseguros, a ação da companhia continuou entre as Top 10, mas desceu da quinta para a nona colocação. A IRBR3 apresentou a maior desvalorização na lista no mês passado, de -70,89.
Deixaram o ranking em março, a ação ordinária da Petrobras (PETR3), a JBS (JBSS3) e o ETF SMAL11, que segue o Índice Small Cap.
Agora, veja a lista dos 10 fundos de ações preferidos em março:
Oito fundos de ações favoritos em fevereiro, continuaram entre os mais investidos em março. O Indie FIC FIA subiu da segunda para a primeira posição; o Moat Capital FIA passou do terceiro para o segundo lugar, e o AZ Quest Ações FC FIA avançou da sexta para a terceira colocação.
Os novos no ranking são o BTG Pactual Absoluto LS FIC FIA e o Occam FC FIA. Todos os fundos da lista Top 10 tiveram quedas acentuadas no mês passado, de – 14,82% (BTG Pactual Absoluto LS FIC FIA) a -59,72% (Alaska Black FIC FIA BDR Nível I). Deixaram o ranking no mês passado os fundos Mauá Capital Ações FIC FIA e o Constellation Institucional FC FIA.
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