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Veja as ações brasileiras que perdem com vitória de Donald Trump nos EUA

06 nov 2024, 15:34 - atualizado em 06 nov 2024, 15:34
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(Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

Companhias brasileiras ligadas ao consumo, ou até mesmo aquelas que dependem muito do dólar, podem acabar sendo prejudicadas com a eleição de Donald Trump. Com a vitória,Lojas Renner (LREN3), Magazine Luiza (MGLU3), Gol (GOLL4) e Azul (AZUL4) podem acabar enfrentando dificuldades, apontam analistas do Bradesco BBI.

O JP Morgan, em um relatório recentemente divulgado, sublinhou que durante a campanha Trump reforçou sua intenção em aumentar tarifas comerciais de importação para os países com os quais têm relações, além de dizer que manterá a carga tributária mais baixa — o que implica em risco fiscal e consequentemente em um juro mais elevado. Essa “fórmula” acaba fortalecendo ainda mais o dólar, os juros americanos e afasta investidores dos países emergentes.

Com isso, algumas empresas cíclicas, ou seja, companhias que dependem de ciclos econômicos favoráveis, acabam sendo influenciadas negativamente  por movimentos mais conservadores dos investidores internacionais.

A XP Investimentos também aponta que algumas das políticas econômicas de Trump podem acabar impactando produtos brasileiros como petróleo, aço semiacabado e café. Uma das propostas seria a facilitação ambiental ara a expansão da produção de petróleo nos EUA, o que poderia pressionar preços globais da commodity para a baixo, influenciando diretamente empresas de óleo e gás.

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Os mercados após a confirmação das eleições americanas

Os mercados amanheceram, nesta quarta-feira (06), com a notícia de que Donald Trump venceu as eleições nos Estados Unidos e, portanto, se torna o 47º presidente americano. No Brasil, já foi possível sentir o impacto da decisão na bolsa de valores brasileira. O Ibovespa opera em queda desde a abertura.



Antes mesmo da confirmação da vitória, a moeda americana já registrava uma valorização diante dos mercados asiáticos e europeus. O movimento de volatilidade já era esperado pelos mercados, que já estava chamando esse efeito de “Trump Trade”.

O dia começou com o dólar à vista (USDBRL) superando a maior cotação intradia do ano nos primeiros minutos do dia. Na comparação com o real, a moeda norte-americana chegou a superar a R$ 5,86.

No entanto, ao longo da sessão a divisa desacelerou. Por volta de 14h30 (horário de Brasília), o dólar registrava queda de 0,86%, a R$ 5,6969.

De acordo o JP Morgan, os analistas projetavam que, com a vitória dos republicanos, isso representaria um risco principalmente para as moedas latinas.