Veja as ações brasileiras que perdem com vitória de Donald Trump nos EUA
Companhias brasileiras ligadas ao consumo, ou até mesmo aquelas que dependem muito do dólar, podem acabar sendo prejudicadas com a eleição de Donald Trump. Com a vitória,Lojas Renner (LREN3), Magazine Luiza (MGLU3), Gol (GOLL4) e Azul (AZUL4) podem acabar enfrentando dificuldades, apontam analistas do Bradesco BBI.
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O JP Morgan, em um relatório recentemente divulgado, sublinhou que durante a campanha Trump reforçou sua intenção em aumentar tarifas comerciais de importação para os países com os quais têm relações, além de dizer que manterá a carga tributária mais baixa — o que implica em risco fiscal e consequentemente em um juro mais elevado. Essa “fórmula” acaba fortalecendo ainda mais o dólar, os juros americanos e afasta investidores dos países emergentes.
Com isso, algumas empresas cíclicas, ou seja, companhias que dependem de ciclos econômicos favoráveis, acabam sendo influenciadas negativamente por movimentos mais conservadores dos investidores internacionais.
A XP Investimentos também aponta que algumas das políticas econômicas de Trump podem acabar impactando produtos brasileiros como petróleo, aço semiacabado e café. Uma das propostas seria a facilitação ambiental ara a expansão da produção de petróleo nos EUA, o que poderia pressionar preços globais da commodity para a baixo, influenciando diretamente empresas de óleo e gás.
Os mercados após a confirmação das eleições americanas
Os mercados amanheceram, nesta quarta-feira (06), com a notícia de que Donald Trump venceu as eleições nos Estados Unidos e, portanto, se torna o 47º presidente americano. No Brasil, já foi possível sentir o impacto da decisão na bolsa de valores brasileira. O Ibovespa opera em queda desde a abertura.
Antes mesmo da confirmação da vitória, a moeda americana já registrava uma valorização diante dos mercados asiáticos e europeus. O movimento de volatilidade já era esperado pelos mercados, que já estava chamando esse efeito de “Trump Trade”.
O dia começou com o dólar à vista (USDBRL) superando a maior cotação intradia do ano nos primeiros minutos do dia. Na comparação com o real, a moeda norte-americana chegou a superar a R$ 5,86.
No entanto, ao longo da sessão a divisa desacelerou. Por volta de 14h30 (horário de Brasília), o dólar registrava queda de 0,86%, a R$ 5,6969.
De acordo o JP Morgan, os analistas projetavam que, com a vitória dos republicanos, isso representaria um risco principalmente para as moedas latinas.