Veja as 5 small caps indicadas pelo BTG para setembro
O BTG Pactual divulgou nesta segunda-feira (3) a sua carteira recomendada com o foco em empresas de baixa capitalização na Bolsa, ou small caps, com valor de mercado de até US$ 3 bilhões. As cinco indicações foram mantidas em setembro.
São Martinho (SMTO3)
Os analistas Carlos Sequeira e Bernardo Teixeira continuam otimistas com os fundamentos do setor de álcool, o que deve mais do que compensar os preços mais fracos do açúcar. “A combinação de uma colheita mais curta este ano e os altos preços da gasolina devem tornar o etanol altamente lucrativo no final da safra, e – nesse sentido – a São Martinho aumentou seu mix de etanol para 65% da produção total”, destacam.
Além disso, a empresa também deve começar a receber sua participação no pagamento de indenização do governo reivindicado pela Copersucar (relacionado ao congelamento do preço do açúcar aplicado entre 1985 e 1989). A primeira parcela desse pagamento deve traduzir um caixa adicional de R$ 700 milhões a ser recebido nos próximos 5 anos, enquanto uma segunda parcela de R$ 1,4 bilhão também é esperada para breve, totalizando R$ 3,6/ação.
CVC (CVCB3)
A empresa combina um modelo negócios híbrido (franquia, lojas próprias, agências independentes, viagens estudantis e on-line) com execução vista como impecável, bem como aquisições diligentes, entregando números sólidos nos últimos trimestres.
“Enquanto isso, o brand equity da empresa, combinado com as sinergias dos recentes ativos adquiridos (Trend e Visual), e uma perspectiva econômica mais positiva devem permitir à CVC cimentar sua liderança nos próximos anos, mantendo a rentabilidade em aproximadamente 30%, bem acima do média do setor de varejo”, diz o banco. A 22 vezes o Preço/Lucro para 2018 e 17 vezes para 2018, a ação é a varejista premium mais barata entre no universo de cobertura do banco.
Minerva (BEEF3)
Segundo o BTG, além da forte execução operacional do Minerva, os fundamentos positivos de médio prazo para a indústria brasileira de carne bovina e um ciclo positivo de gado em 2018 suportam a recomendação. Os analistas estimam uma maior disponibilidade de gado (após 2-3 anos de retenção de vacas) alinhada com a demanda firme por carne bovina brasileira, o que deve garantir spreads atrativos de carne bovina e, como conseqüência, margens atrativas para os produtores de carne bovina.
“Também vemos o potencial positivo dos ativos adquiridos da Minerva na América Latina, que – em nossa opinião – são uma ótima oportunidade para a empresa consolidar sua plataforma de arbitragem local/global do preço da carne bovina”, destacam.
Linx (LINX3)
Para o BTG, a a Linx certamente está preparada para se beneficiar da melhoria da atividade econômica do Brasil. Na verdade, apontam os analistas, a empresa mencionou novamente sinais positivos vindos de seus clientes. O banco vê vários fatores que ajudam os resultados da Linx a melhorar no futuro: uma aceleração nas aberturas de lojas líquidas; plano de expansão envolvendo grandes clientes (por exemplo, Lojas Americanas e Renner); a contínua aceleração de ofertas de venda cruzada de alta margem; expansão de margem nas empresas adquiridas e novas fusões e aquisições.
“Vemos a Linx negociando com ganhos de caixa de 22,9 vezes para 2018, claramente não uma avaliação barata, mas justificada, em nossa opinião, por perspectivas de crescimento acima da média (orgânico e via Fusões e Aquisições; seu posicionamento competitivo único; e seu modelo de negócios não cíclico”, pontua.
Iochpe-Maxion (MYPK3)
O relatório ressalta que há riscos ascendentes para estimativas de consenso e bom momento de ganhos para a Iochpe, principalmente devido a um real mais fraco e volumes ainda fortes.
“Negociando a um barato 5.8 vezes o Valor da Empresa sobre o Ebitda para 2018, acreditamos que a Iochpe é a ação mais atraente em Bens de Capital, e vemos uma crescente exposição a Mercados Emergentes (como a Índia) como um driver para reclassificação”, aponta o banco.