BusinessTimes

Veja a carteira de ações “Not Bad” para esta semana

11 nov 2019, 11:31 - atualizado em 11 nov 2019, 11:31
William Castro Alves retirou a participação das ações da Vivara na carteira da semana

Por William Castro Alves, economista e especialista em mercados internacionais – Acompanhe em “Bugg

CARTEIRA

Já estou ficando chato de tanto falar em internacionalizar os investimentos…mas vou aqui bater na mesma tecla de novo! Faço isso porque a causa é nobre: te ajudar a construir patrimônio e blindá-lo de tudo aquilo que vem para destruí-lo.

Pois bem…essa semana vimos o dólar saltar com a soltura do preso Lula. Segurança jurídica é algo fundamental e uma mudança de regras é sempre mal recebida pelo mercado. Junto a isso tem todo o risco político junto…enfim…uma certa paúra com algum fundamento que jogou a moeda para os R$ 4,16!!

Independente do motivo de curto prazo, o investidor deve ter em mente o seguinte: em 24 anos de existência do plano Real o dólar fez apenas um caminho saindo de R$1, para R$2, R$3, R$4…R$4.16Muitos, inclusive Eu acreditavam que a as eleições mudariam essa tendência, ou que a agenda liberal do atual governo ajudasse, ou ainda que a reforma da previdência alterasse…NADA funcionou!

Quem não dolarizou seus investimentos percebeu uma perda gigantesca no seu poder de compra e patrimônio. Nos últimos 8 anos (novembro de 2011) para cá,  o brasileiro ficou 2.3x mais pobre (dólar estava em R$ 1.70 )…seu poder de compra de bens e serviços dolarizados caiu em cerca de 60%! Enquanto muitos, inclusive Eu, ficamos esperando o dólar baixar 2%, 3%, 5% tá cheio de empresa lá fora rendendo 10%, 20%, 30% e estamos perdendo isso! Enfim…sorry pelo desabafo.

Tenho 15% … busco pelo menos 30% … não sei o quanto você deveria ter…mas sim, você deveria pensar seriamente nisso!

AÇÕES

O que fiz essa semana que passou:

  • Zerei VIVA3. Não fazia sentido ter 1% da carteira nela. Sempre digo que meu compromisso aqui é com a verdade! Entrei pra “flipar”…não deu certo…levei pouco e não deu grana…saí com 1% de ganho, ou seja, nada! Acho boa empresa…mas cara…preferi zerar.
  • Reduzi BRAP3 e aumentei COGN3. Em linha com a alteração da Carteira #Notbad de novembro comprei mais COGN3 e fui saindo de BRAP3. Estou com preço médio em R$ 9,88 na COGN3 e consegui sair a R$ 30 na BRAP. Os motivos pelos quais comprei e saí de BRAP eu comentei aqui.

No mais acho que vale uns comentários rápidos sobre os resultados:

  • BBAS3. Achei o resultado apresentado pelo banco excelente! Lucro saltou 33.5% e com isso ROE pulou para 17.5% e reduzindo a distância de rentabilidade para os bancos privados; junto a isso revisou guidance de resultados para cima. Com um yield de 6%, negociando a 8x lucros e algo como 1.3x p/vpa para esse ano não vejo porque não ter…sigo tranquilo apesar da fraca performance da ação.
  • MYPK3: soltou um resultado ruim, especialmente quando tu retira os R$ 59MM de ganhos não recorrentes que impactaram positivamente seus números. Mercado externo que é relevante para ela, pesou…mas a cia conseguiu reduzir despesas…reduziu dívidas…fora isso acredito numa recuperação no Brasil que tende a ser benéfico para ela…fora isso ela tem projetos novos na Ásia e América do Sul que também tendem a gerar ganhos de geração de caixa ano que vem. Enfim vejo ela como barata nos níveis atuais. Vejo ela negociando a 10x lucros e umas 4.5x EV/Ebitda…a meu ver tem pelo menos uns 40% de upside aí.
  • SHUL4: empresa ainda não publicou seus números, mas o Geraldo Samour publicou uma matéria bem legal na qual citam a empresa. Nunca tinha visto ninguém comentar dela, então achei legal replicar aqui…concordo plenamente com o que o gestor pensa sobre o papel. Confere aqui.

#NOTBAD

Cedo para tecer maiores comentários…mês recém no início…so far…notbad até aqui:

Giro da Semana

Receba as principais notícias e recomendações de investimento diretamente no seu e-mail. Tudo 100% gratuito. Inscreva-se no botão abaixo:

*Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.