Saúde

Variantes indiana e sul-africana do coronavírus são detectadas nas Américas

13 maio 2021, 20:43 - atualizado em 13 maio 2021, 20:43
Médicos fazem treinamento no hospital de campanha para tratamento de covid-19 do Complexo Esportivo do Ibirapuera.
Essas variantes têm uma capacidade maior de transmissão, mas até agora não encontramos nenhuma consequência colateral (Imagem: Agência Brasil/ Rovena Rosa)

As quatro variantes mais preocupantes do coronavírus foram detectadas em praticamente todos os países e territórios das Américas, e, embora sejam mais transmissíveis, não há evidências de que sejam mais letais, disse nesta quinta-feira um especialista da Organização Mundial de Saúde (OMS).

As vacinas que estão sendo administradas na região oferecem mais proteção contra as variantes, disse Jairo Mendez, especialista em doenças infecciosas da OMS, em um webinar da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).

“O que ainda não sabemos é se as pessoas totalmente vacinadas que não adoecem ainda podem espalhar o vírus para outras pessoas. Temos muito que aprender”, afirmou Mendez.

A mais nova variante, a indiana B.1.617, foi detectada em casos em oito países das Américas, incluindo Canadá e Estados Unidos, disse ele.

Um caso está sob investigação e outros com as variantes eram viajantes no Panamá e na Argentina que haviam chegado da Índia ou da Europa.

A B.117 predominante no Reino Unido foi encontrada em casos relatados em 34 países ou territórios nas Américas, enquanto a variante sul-africana B.1.351 foi registrada em 17.

A chamada variante P.1 de Manaus foi detectada até agora em 21 países, segundo o especialista da OMS.

“Essas variantes têm uma capacidade maior de transmissão, mas até agora não encontramos nenhuma consequência colateral”, disse Mendez. “A única preocupação é que elas se espalham mais rápido.”

As variantes estão associadas a maior mortalidade devido ao aumento do número de casos de Covid-19, mas não porque o vírus sofreu mutação para uma versão mais letal, explicou ele.