Varejo: XP projeta 1T25 misto e aponta 3 ações que devem se destacar

A projeção da XP Investimentos é de um primeiro trimestre de 2025 (1T25) melhor do que o esperado para o varejo, no entanto, com tendências mistas.
A equipe de analistas liderada por Daniela Eiger pondera que o período conta com melhores dinâmicas de demanda, apesar de os efeitos do calendário estarem ofuscando os resultados de alguns segmentos.
No consumo discricionário, que engloba itens de consumo considerados não essenciais, os nomes que atendem baixa/média renda devem apresentar um sólido crescimento na receita e dinâmicas de margem, enquanto os de alta renda devem continuar enfrentando alguma pressão nas margens, segundo a XP.
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Já no e-commerce, as margens continuam a ser priorizadas em relação ao crescimento, enquanto o SSS (vendas de mesmas lojas) dos varejistas de alimentos deve ser ofuscado pelos efeitos do calendário, embora isso não impeça a expansão das margens.
Por fim, os analistas esperam que o segmento de farmácias regionais apresente resultados fortes.
Para a XP, os destaques positivos dessa temporada, no geral, devem ser SmartFit (SMFT3), Assaí (ASAI3), Track&Field (TFCO4), farmácias regionais e vestuário de média renda, com Lojas Renner (LREN3) podendo ser uma surpresa positiva.
Já os destaques negativos desta temporada devem ser RD Saúde (RADL3), Grupo SBF (SBFG3), Petz (PETZ3) e Enjoei (ENJU3).
Macroeconomia fragilizada impacta o varejo
Apesar de os analistas ponderarem que o primeiro trimestre deverá ser melhor do que o inicialmente temido, ainda existe o peso de uma macroeconomia fragilizada.
“Após encerrar o quarto trimestre com uma desaceleração nas receitas e um alto nível de incerteza, os números do primeiro trimestre se mostraram melhores do que o esperado, com uma demanda sólida em quase todos os segmentos, enquanto a expansão das margens continua sendo apoiada por iniciativas internas”, comentam os analistas sobre o cenário macro.
No entanto, a XP permanece cautelosa devido à potencial deterioração macroeconômica, principalmente no segundo semestre, enquanto veem pressões de custos devido ao aumento das taxas de câmbio e da inflação, o que pode prejudicar as margens.