Varejo recua na China e exportações de carne do Brasil entram em alerta a partir deste mês
As informações da atividade econômica chinesa mostram recuo em todas as frentes, mas os efeitos do lockdown em cidades e províncias importantes sobre as exportações de carne bovina brasileira estarão mais visíveis neste mês e, mais ainda, em junho.
Dado o fluxo de dois a três meses, na maioria dos casos, depois do fechamento do contrato, o que rodou para lá até abril foram negócios fechados antes.
Por enquanto o boi China se mantém em torno do R$ 325 a R$ 330 em São Paulo, sem pressão de baixa porque a oferta está fluindo neste período de expansão da estiagem. Mas, também, sem força para aumentos.
O mercado, segundo consultas, acredita em algum arrefecimento das exportações, dentro do patamar sempre elevado de compras chinesas no Brasil, e com preços em alta.
Pequim divulgou na semana passada queda de mais de 11% no varejo e de quase 3% na indústria. Com efeito cascata em regiões chaves, como Xangai, apesar de que o pior possa ter passado, de acordo com despachos de agências de notícias.
Em adição a esse quadro de restrições impostas pela luta contra o novo surto da covid, houve ainda suspensões temporárias de plantas importantes da JBS (JBSS3) e Marfrig (MRFG3), em abril.
As exportações brasileiras para a China, no mês passado, somaram 98,7 mil toneladas e, em março, 62,4 mil/t.
De janeiro a março, o país mostrou crescimento de 37,2% nas importações de carne nacional, em 344,4 mil/t.