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Varejo: Há luz no fim do túnel? Veja expectativas do BTG para os balanços do 2T24

06 jul 2024, 16:25 - atualizado em 05 jul 2024, 16:17
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BTG Pactual divulga estimativas para balanços do segundo trimestre de 2024 do varejo (Imagem: rattanakun/Canva)

A temporada de balanços do segundo trimestre de 2024 (2T24) já está batendo à porta. O BTG Pactual avalia que os sinais para o setor de varejo começaram a melhorar no final de 2023 e continuaram nos dois primeiros trimestres do ano, com impulso de uma melhor perspectiva macroeconômica.

No entanto, os analistas apontam que a recuperação continua gradual, tendo em vista que a discussão sobre o patamar da taxa Selic para o ano de 2024 permanece no centro das atenções e pode impactar a desalavancagem das empresas.

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Soma-se aos desafios o provável aumento da carga tributária neste ano e impactos climáticos, com as enchentes no Rio Grande do Sul e as temperaturas mais altas em todo o país sendo apontadas como particularmente negativas para as varejistas de vestuário.

Os analistas comentam que o valuation das varejistas está mais barato do que nos últimos anos, com a mediana de cobertura do banco em 11x P/L para 2025 contra a média de 17x nos últimos 14 anos.

Além disso, explicam que os indicadores operacionais melhoraram no primeiro semestre de 2024, reduzindo os riscos de queda nas estimativas. Contudo, os desafios macro representam incerteza sobre o “momento de compra”, tendo em vista a sensibilidade dos investidores aos gatilhos de curto prazo.

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O que esperar do 2T24 do varejo?

Para o Grupo Soma (SOMA3), o banco estima que a receita da Hering (isolada) cresça 4% na base anual e as vendas da Soma ex-Hering aumentem 10%.

Já a Arezzo (ARZZ3) deve registrar um crescimento de 9% na receita líquida em relação ao ano anterior, com a margem Ebtida (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) caindo 100 pontos-base (bps), com margem bruta -20bps ao ano (a/a).

A receita líquida de varejo da Lojas Renner (LREN3) deve crescer em média 3,5% a/a, com margem bruta de +30bps a/a e margem Ebtida +30bps a/a, em 17,9%.

“Esperamos que sua divisão de financiamento ao consumidor registre números melhores em relação ao ano anterior (~R$15 milhões de lucro operacional vs. -R$53 milhões no 2T23)”.

O BTG espera que a Vivara (VIVA3) também cresça sua receita bruta, na ordem de 19% a/a, embora com a margem Ebtida ex-IFRS16 caindo 10bps a/a, enquanto o Grupo SBF (SBFG3) deve crescer sua receita líquida em 6% a/a.

Na Magazine Luiza (MGLU3), os analistas estimam que o volume bruto de mercadorias (GMV) online cresça ~3% na base anual, com GMV consolidado de ~5% e vendas na mesma loja +11%.

O SSS (vendas na mesma loja) dos varejistas de alimentos deve crescer 3% a/a no Assaí (ASAI3), ou 4% sem efeitos de calendário. No Carrefour (CRFB3), o SSS da divisão de varejo deve cair 1,5% a/a, enquanto o SSS do Atacadão deve crescer 5%.

No setor farmacêutico, o BTG espera resultados resilientes, com a receita da Raia Drogasil (RADL3) crescendo 16% na base anual e SSS consolidado crescendo 9%.

Por fim, esperam que as vendas líquidas da Petz (PETZ3) cresçam 9% ao ano, enquanto a Lojas Quero Quero (LJQQ3) deve aumentar sua receita líquida em 14% ao ano, com a margem Ebtida aumentando 60bps a/a.