Varejo de moda volta aos holofotes; ação pode disparar até 93%
O setor de varejo de moda está voltando aos holofotes. O Inter Research revisou os modelos de C&A (CEAB3), Lojas Renner (LREN3), Grupo SBF (SBFG3) e Vivara (VIVA3) e, com base no fechamento da última segunda-feira (11), os papéis têm potencial de alta de, respectivamente, 93%, 50%, 51% e 18%.
O Inter recomendou compra para CEAB3 com preço-alvo de R$ 14; LREN3 em R$ 51; SBFG3 em R$ 42; e VIVA3 em R$ 34.
O cenário do varejo de moda
Em 2020, o setor de consumo discricionário enfrentou uma forte queda, sobretudo no vestuário. Já com a aceleração da vacinação contra a Covid-19, observa-se a volta à normalidade dos números do varejo de moda.
Segundo a Pesquisa Mensal do Comércio do IBGE, as atividades relacionadas a tecidos, vestuário e calçados acumularam um crescimento de 31,6% nos primeiros oito meses de 2021.
Perspectivas para o setor
Segundo o Inter, as varejistas C&A, Lojas Renner, Grupo SBF e Vivara devem se beneficiar da recuperação do setor ao longo dos próximos trimestres do ano.
“O segundo semestre, com destaque para o 4T, é tradicionalmente uma época mais favorável para as varejistas, graças a Black Friday e o Natal. Acreditamos que, particularmente esse ano, dada a pressão inflacionária na renda real da população, os presentes e o consumo serão voltados para itens de menor ticket médio. Dessa forma, as famílias procurariam presentear com roupas e acessórios”, afirma o Inter, em relatório obtido pelo Money Times.
O Inter projeta que — apesar do incremento esperado na receita — as margens do setor retornem aos patamares pré-pandemia apenas em 2022.
Os principais desafios das empresas estão relacionados a um cenário mais competitivo no longo prazo.
Desempenho das varejistas
No acumulado de 2021, as ações das Lojas Renner e C&A caíram 20% e 43%, respectivamente. De acordo com o Inter, os desempenhos insatisfatórios dos ativos não encadeiam novas quedas.
A C&A, por exemplo, enxerga perspectivas positivas para o papel, tanto no cenário micro como no macro. Na mesma concepção, a Renner é top player em vestuário no mercado brasileiro.
Já a Vivara e o Grupo SBF enfrentaram cenários diferentes. A valorizaram de 2% da Vivara e a queda de “apenas” 2% do Grupo SBF mostraram um desempenho atípico dentro do setor durante o ano.
A Vivara conseguiu renovar seus produtos, garantindo receita, margens e resultados sólidos.
Seguindo perspectivas similares, o Inter acredita que o comportamento flat das ações do Grupo SBF reflete o bom momento da companhia e uma volta de suas margens a patamares históricos ainda este ano.
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