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Varejo: BTG aponta 4 preferidas após o 4T24 e em meio às incertezas macroeconômicas

24 mar 2025, 16:56 - atualizado em 24 mar 2025, 16:56
varejo
O BTG Pactual conta com uma combinação preferida de empresas do varejo no atual ambiente de incertezas macroeconômicas (Imagem: Divulgação)

O varejo entregou resultados mistos no quarto trimestre de 2024, avalia o BTG Pactual, que estimava números “decentes” para os nomes do setor, refletindo expansão da receita líquida e melhorias de margem.

O que se concretizou foi a tendência ainda forte em receita líquida e melhorias na lucratividade, avalia o analista Luiz Guanais e equipe. No entanto, algumas varejistas ficaram aquém das expectativas.

Os analistas ponderam que o atual cenário macroeconômico, com a taxa básica de juros (Selic) no patamar de 14,25% e uma potencial desaceleração do consumo, principalmente no segundo semestre de 2025, estão nos holofotes e acendem sinal de alerta.

“Com potenciais impactos negativos para o crescimento da receita líquida das empresas e para os processos de desalavancagem, somos conservadores na exposição ao setor”.

Para o BTG a estratégia é clara: ações com baixa alavancagem financeira e bom momento operacional tendem a entregar um melhor desempenho. Em um ambiente de incertezas, mas com variáveis macroeconômicas ainda decentes, o BTG Pactual permanece conservadores quando se trata de exposição ao varejo.

As ações do setor varejista para investir

Os analistas ponderam que existem, sim, a preocupação de que as restrições de crédito nos próximos meses possam afetar o consumo, e o cenário de taxas mais altas de juros representa um risco para o ritmo da desalavancagem financeira, levando as empresas a ajustarem suas estruturas de capital e adotar abordagens mais conservadoras.

“Em recentes reuniões, tanto no Brasil quanto no exterior, nossa visão é que, embora os múltiplos de valuation definitivamente chamem a atenção dos investidores, juntamente com o fato de que, para algumas teses, as revisões negativas de lucro parecem muito mais limitadas agora, a tese macro ainda prevalece, impedindo assim uma maior exposição ao setor”, afirmam os analistas.

Para o banco, Mercado Livre (MELI34), Grupo Mateus (GMAT3), C&A (CEAB3) e SmartFit (SMFT3) apresentam um melhor momento e menos espaço para revisões negativas de lucros, sendo as preferidas no setor.

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Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas.
lorena.matos@moneytimes.com.br
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