Varejistas estão em ponto de inflexão; veja as projeções do BTG para Magalu (MGLU3), Via (VIIA3) e mais
As varejistas brasileiras permanecem sob pressão por conta da volatilidade macro, mas como nos dois últimos trimestres, o BTG Pactual acredita em uma continuação do ponto de inflexão para as companhias do setor nos resultados do quarto trimestre de 2021.
Nas perspectivas do banco, o Magazine Luiza (MGLU3) deve reportar um crescimento de 19% do volume bruto de mercadorias (GMV) online em comparação com 2020, com queda de 19% das vendas nas mesmas lojas (SSS) e alta de 6% no GMV total.
Já a Americanas (AMER3) deve divulgar GMV online de 37% e de 5% em vendas nas mesmas lojas, enquanto a Via Varejo (VIIA3) deve entregar um crescimento de 14% do GMV e queda de 20% e 7% em SSS e GMV total, respectivamente.
Vestuários e calçados, os destaques positivos
O BTG ressalta que o destaque positivo do setor continua sendo os players de vestuário e calçados, com exposição a famílias de alta renda.
A Arezzo (ARZZ3) e C&A (CEAB3) devem reportar crescimento de, respectivamente, 67% e 9% no top line frente ao último semestre de 2019, enquanto Grupo Soma (SOMA3) e Grupo SBF (SBFG3) devem ter aumentos de 60% e 93%.
A Renner (LREN3), por fim, pode terminar o trimestre com receita 23% maior do que a do mesmo período de dois anos atrás, pré-pandemia.
Vão deixar a desejar
Os destaques negativos do trimestre serão as companhia do setor de food retailers (mercearia), segundo o BTG.
Assaí (ASAI3) e Atacadão, braço de atacarejo do Carrefour (CRFB3), devem ter queda de, respectivamente, 4% e 3% em vendas nas mesmas lojas frente a 2020.
Petz (PETZ3) deve reportar expansão do top line de 31% na comparação anual, a Quero-Quero deve ter alta de 16% na receita e a Raia Drogasil (RADL3) deve reportar um crescimento de 9% nas SSS e de 18% no faturamento.