Vance vê ‘boa chance’ de um acordo entre EUA e Reino Unido e critica Zelenskiy

Há uma boa chance de que os Estados Unidos e o Reino Unido cheguem a um “grande acordo” sobre comércio devido ao amor do presidente Donald Trump pelo país e sua família real, disse o vice-presidente norte-americano, JD Vance, em uma entrevista à UnHerd nesta terça-feira (15).
O Reino Unido foi poupado do tratamento mais punitivo no anúncio inicial de tarifas de Trump, devido ao fato de os dois lados desfrutarem de uma relação comercial amplamente equilibrada. Ainda assim, as importações britânicas nos EUA agora incorrem em uma taxa de 10%, enquanto seus setores de aço e automóveis incorrem em uma taxa de 25%.
Autoridades de ambos os países estão em negociações há semanas, que inicialmente se concentraram em aumentar a cooperação em inteligência artificial e tecnologia, mas que também podem se expandir para incluir alimentos e outros produtos.
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Vance disse à UnHerd que o governo dos EUA está trabalhando arduamente com o governo do primeiro-ministro britânico, Keir Starmer.
“O presidente realmente ama o Reino Unido”, disse ele. “Ele amava a rainha. Ele admira e ama o rei. É um relacionamento muito importante. E ele é um homem de negócios e tem várias relações comerciais importantes no Reino Unido.”
Citando uma afinidade cultural dos EUA com o Reino Unido, Vance disse: “Acho que há uma boa chance de que, sim, cheguemos a um grande acordo que seja do melhor interesse de ambos os países”.
Vance, que tem adotado uma abordagem combativa em relação à Europa desde que se tornou vice-presidente em janeiro, reiterou sua posição de que deseja que a Europa como um todo aumente seus gastos com segurança e, mais uma vez, criticou o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy.
Vance, respondendo aos recentes comentários de Zelenskiy de que ele havia, de alguma forma, justificado a invasão da Ucrânia pela Rússia, disse que condenou a Rússia desde 2022, mas desde então tentou entender os objetivos estratégicos de ambos os lados para encontrar uma solução.
“Isso não significa que você apoie moralmente a causa russa ou que apoie a invasão em grande escala, mas é preciso tentar entender quais são as linhas vermelhas estratégicas deles, da mesma forma que é preciso tentar entender o que os ucranianos estão tentando obter com o conflito”, disse ele.
“Acho que é meio absurdo Zelenskiy dizer ao governo (dos EUA), que atualmente está mantendo todo o seu governo e esforço de guerra unidos, que estamos de alguma forma do lado dos russos.”
Ele disse que esse tipo de retórica “certamente não é produtiva”.