Vamos (VAMO3): Bank of America eleva preço-alvo, com maior fôlego pelo 1T24, mas não se anima; entenda
O Bank of America elevou seu preço-alvo para as ações da Vamos (VAMO3) de R$ 9,50 para R$ 10,80, mantendo sua recomendação neutra apesar dos fortes resultados do primeiro triemestre, após vários trimestres de números decepcionantes.
A empresa reportou um lucro líquido de R$ 183 milhões no período. Em 7 de maio, um dia após os resultados, as ações da companhia avançaram 13,05%.
O BofA mantém sua recomendação já que acredita que o mercado precifica um ritmo de crescimento mais lento à frente.
“Embora as ações possam parecer baratas no P/L atual de 9,4x para 2024E, estimamos uma relação de 19x quando ajustada ao ciclo de alta de caminhões do Brasil, com os preços de caminhões novos subindo mais de 100% nos últimos cinco anos, apoiando as taxas de depreciação e preços de venda”, comentam.
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Números fortes não alteram premissas de capex da Vamos para 2024
O capex contratado atingiu volume recorde de R$ 2 bilhões, contra valor orientado de R$ 5 bilhões para o ano de 2024. Parte do ritmo foi justificado pela conclusão de venda e leasing da frota de 2.926 caminhões de Petrópolis (R$ 525 milhões), e a administração da companhia reiterou sua expectativa de investimentos para o ano.
A instituição estima investimentos de R$ 5,1 bilhões em 2024 e R$ 5,4 bilhões em 2025, aumentando gradualmente para R$ 8 bilhões até 2030 (capex líquido estável em R$ 4-5 bilhões nos próximos anos). O banco estima 100 mil veículos até 2037, contra o guidance anterior da Vamos de 2025, descontinuado no 2T23.
Após a empresa retomar 6,1% do valor da sua frota durante 2023 devido aos riscos de inadimplência dos clientes, ela retomou ativos no valor de R$ 270 milhões no 1T24 (2,1% do valor da frota), avanço de 43% contra a média trimestral de 2023.
Por fim, o BofA acredita que a alta exposição da Vamos ao agronegócio – um pouco acima de 30% (incluindo açúcar e etanol) – é a principal razão por trás disso, já que o agro é o setor mais afetado pela perda de safra de grãos no Brasil.
No entanto, como as expectativas de safra agora estão melhores no segundo semestre, o BofA vê uma potencial melhora a partir do terceiro trimestre.