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Vamos eliminar o desmatamento ilegal até 2030, diz Bolsonaro

22 abr 2021, 11:23 - atualizado em 22 abr 2021, 12:53
Jair Bolsonaro
Bolsonaro é um dos últimos líderes a discursar (Imagem: Reuters/Ueslei Marcelino)

O presidente Jair Bolsonaro participou, nesta manhã, da Cúpula do Clima.

O evento virtual, que começou hoje (22) e vai até amanhã, é organizado pelo governo dos Estados Unidos.

Bolsonaro participou por videoconferência, do Palácio do Planalto.

O presidente é um dos últimos líderes a discursar. Antes dele, falaram o secretário-geral da ONU, António Guterres, e os chefes de Estado europeus e de países como Argentina, Indonésia e África do Sul.

No encontro virtual da Cúpula do Clima, Bolsonaro esteve acompanhado pelo chanceler Carlos França e pelos ministros Tereza Cristina (Agricultura), Ricardo Salles (Meio Ambiente), Fábio Faria (Comunicações) e Luiz Eduardo Ramos (Casa Civil).

O vice-presidente Hamilton Mourão, que preside o Conselho Nacional da Amazônia Legal, não participou da reunião.

Discurso 

Em seu discurso, o presidente Bolsonaro elencou que o  Brasil participou com menos de 1% das emissões históricas de gases de efeito estufa, mesmo sendo uma das maiores economias do mundo.

E que atualmente, o país responde por menos de 3% das emissões globais anuais.

“Somos um dos poucos países em desenvolvimento a adotar, e reafirmar, uma NDC transversal e abrangente, com metas absolutas de redução de emissões inclusive para 2025, de 37%, e de 40% até 2030”, afirmou Bolsonaro.

O presidente disse ainda que o Brasil irá alcançar a neutralidade climática até 2050, antecipando em 10 anos a sinalização anterior.

Entre outras medidas, destacou também o compromisso de eliminar o desmatamento ilegal até 2030.

“Com a plena e pronta aplicação do nosso Código Florestal. Reduziremos em quase 50% nossas emissões até essa data. Há que se reconhecer que será uma tarefa complexa. E apesar das limitações orçamentárias do governo, determinei o fortalecimento dos órgãos ambientais, duplicando os recursos destinados às ações de fiscalização”, destacou Bolsonaro.

“Temos orgulho de conservar 84% de nosso bioma amazônico e 12% da água doce da Terra”, afirmou Bolsonaro  (Valter Campanato/Agência Brasil)

Críticas

Mais tarde, em uma sessão com representantes da sociedade civil, Sinéia Wapichana, gestora ambiental do Conselho Indígena de Roraima, participará do encontro.

Além do presidente Bolsonaro, ela é a única representante brasileira a discursar na cúpula.