Valuation da TIM está muito atraente; BTG recomenda compra
O BTG Pactual (BPAC11) recomenda a compra da ação da TIM (TIMS3), com preço-alvo de R$ 20. Na opinião do banco, mesmo com a transformação saudável pela qual o setor de telecomunicações está passando, o valuation da companhia está “altamente atrativo”. Atualmente, o ativo é negociado a um múltiplo EV/Ebitda (valor da empresa sobre Ebitda) para 2021 de 4,2 vezes (versus 6 vezes dos pares globais).
O BTG também mencionou a aquisição dos ativos móveis da Oi (OIBR3;OIBR4). O consórcio formado por TIM, Vivo (VIVT3;VIVT4) e Claro comprou a unidade por R$ 16,5 bilhões. A TIM, que pagará a maior parte da aquisição, ficou com 44% dos valores de Preço Base e Serviços de Transição.
“Acreditamos que a empresa é a mais beneficiada com a aquisição da Oi Mobile. Estimamos que as sinergias poderiam chegar a R$ 3,50 por ação, que, somado ao nosso preço-alvo de R$ 16,50, resultaria em um preço-alvo de R$ 20/ação (46% de potencial de valorização)”, explicou o banco.
A TIM divulgou ontem de manhã os resultados referentes ao quarto trimestre do ano passado. Os números reportados pela operadora agradaram os analistas do BTG, que destacaram o desempenho do Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado, que atingiu R$ 2,3 bilhões, e das margens (expansão de 50 pontos-base, a 50,9%).
O lucro líquido da companhia mostrou crescimento de 13% no período ante o mesmo intervalo de 2019, chegando a R$ 1 bilhão. A receita líquida também avançou e totalizou R$ 4,6 bilhões.
A receita de serviço móvel da TIM seguiu a tendência de crescimento vista no terceiro trimestre. Nos últimos três meses do ano, o pós-pago foi o segmento que mais avançou, tendo apresentado expansão de 3,6% no comparativo anual. Já o pré-pago retraiu 4,9%.
A TIM Live registrou um bom desempenho no trimestre, na avaliação do BTG. As receitas de fibra aumentaram 25% na comparação ano a ano, impulsionadas pelo crescimento dos clientes FTTH (Fiber to the Home, em inglês).