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Valter Outeiro: você investiria no Brasil?

28 jun 2020, 11:11 - atualizado em 26 jun 2020, 21:13
O FMI agora projeta retração de 9,1% no PIB do Brasil em 2020, contra queda de 5,3% nas projeções de abril (Imagem: Pixabay)

“I can take a hint, gotta face the facts”

Matérias na Bloomberg Businessweek e na CNBC alertam para o número crescente de casos de coronavírus no Brasil e possível materialização do pior cenário epidêmico.

Paralelamente, o FMI agora projeta retração de 9,1% no PIB do Brasil em 2020, contra queda de 5,3% nas projeções de abril.

Perguntada sobre a menor projeção na entrevista coletiva, Gita Gopinath – economista-chefe do FMI – respondeu:

“Os casos crescentes do coronavírus e as dificuldades para conter a pandemia é realmente um dos motivos de menores projeções em inúmeros países, e o Brasil possui os mesmos desafios, assim como muitos mercados emergentes, em lidar com esse vírus. Quando você possui uma população muito densa (demograficamente), isso é um fator importante”.

No entanto, a questão-chave reside no complemento de Gian Maria Milesi Ferretti, diretor do departamento de pesquisa do FMI:

“Nós temos uma piora da projeção para o crescimento global, o que com certeza importa para a região [latino-americana] como um todo e, de forma geral, para os mercados principais do Brasil”.

A soma dos cinco maiores destinos exportadores brasileiros em 2020 (em ordem decrescente, China, EUA, Holanda, Argentina e Cingapura) é de aproximadamente R$ 44,71 bilhões.

O total de exportações dos outros 150 países abaixo na lista – do sexto ao 155º – é de cerca de R$ 39,75 bilhões.

Oligopólio até quando?

Respondendo à pergunta: sim, eu investiria no Brasil.

Economia oligopolizada em praticamente todos os setores (quatro bancos, quatro operadoras de telefonia, duas redes de supermercados, três postos de combustível, três aéreas, e por aí vai) garante alta taxa de retorno a quem investe.

Congresso/STF
A agenda do Executivo, alinhada com o Legislativo nas reformas estruturantes (principalmente tributária), pavimentam caminho para o desenvolvimento (Imagem: Pedro França/Agência Senado)

Como todos sabemos, preços de oligopólio são superiores a ambientes de livre concorrência. A pergunta de um milhão é: quando vamos abrir o mercado?

A agenda do Executivo, alinhada com o Legislativo nas reformas estruturantes (principalmente tributária), pavimentam caminho para o desenvolvimento (e abertura) do país.

Quando todos estão receosos, as oportunidades aparecem. Podemos estar diante, hoje, de um momento único para a história do Brasil. Vamos torcer.

Estamos com você

Encerrando, conflitos de interesse de bancos e de corretoras são nítidos e atrapalham (muito) o desenvolvimento do mercado de capitais.

Isonomia mesmo, só se existem dois pontos: 1) você não é remunerado pelas taxas do produto que oferece a seu cliente; 2) suas metas não estão atreladas a produtos ruins de seus clientes.

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