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Valter Outeiro: Recuperação sim, rapidez não

11 out 2020, 11:00 - atualizado em 09 out 2020, 21:55
“São diversos os estudos que mostram como o ser humano é problemático na tomada de todas as decisões, sendo fortemente guiado por fatores emocionais”, afirma o colunista (Imagem: Unsplash/@emilymorter)

Conforme adentramos no quarto trimestre cresce a expectativa por recuperação em “V”, mas, por enquanto, ainda visualizaremos retomada de forma moderada.

Esta é a avaliação do J.P. Morgan Asset Management para o último trimestre do ano, marcado pelo alto desemprego nos EUA e queda na renda pessoal:

Fonte: J.P. Morgan Asset Management

Paralelamente, artigo intitulado “Forecasting the Covid-19 recession and recovery: lessons from the financial crisis” escrito por Claudia Foroni, Dalibor Stevanović e Massimiliano Marcellino no BCE indica recuperação mais rápida na Alemanha do que na França, Itália e Reino Unido.

Para finalizar, a recuperação da economia norte-americana pode ser muito pressionada diante do enfraquecimento da confiança do consumidor, ainda abalada pelo alto desemprego, como mostra análise do Morgan Stanley Wealth Managment.

Nas palavras da equipe liderada por Lisa Shalett: “isso [enfraquecimento da confiança] deixa o mercado acionário vulnerável dado que o Consumo conta por quase dois terços do PIB”.

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Fonte: Bloomberg

Ciclos e eleições

Os pesquisadores Michael McAleer e Wing-Keung Wong, das Universidades de Taiwan e Hong Kong respectivamente, estimaram como o mercado acionário se relaciona com as eleições, no excelente artigo “Mapping the Presidential Election Cycle in US Stock Markets”.

Através da matemática e de simulações computacionais, avaliaram que existe certa tendência no comportamento do mercado acionário dos EUA:

“A existência do Ciclo Eleitoral Presidencial apresentado no artigo pode constituir anomalia no mercado acionário dos EUA, o que pode ser útil aos investidores”. (MCALEER, WONG p.1)

Os acadêmicos modelaram como os ciclos presidenciais desde 1965 se correlacionaram com o mercado acionário como um todo.

“Os resultados empíricos reportados aqui fornecem alguma justificativa para os investidores incorporarem o Ciclo Eleitoral Presidencial em suas decisões de investimento, a fim de obter maiores retornos”. (MCALEER, WONG p.18)

Observou-se que os mercados acionários tendem a cair durante os dois primeiros anos do mandato, atingindo uma mínima no segundo ano e, depois, apresentando valorização na segunda parte do mandato, com pico no terceiro ou quarto ano.

Automatize-se

São diversos os estudos que mostram como o ser humano é problemático na tomada de todas as decisões, sendo fortemente guiado por fatores emocionais.

Como exemplo, pessoas com fome tendem a comprar mais itens no supermercado, ou podem ficar mais infelizes com o desempenho de seus investimentos ao olharem o home broker todos os dias ao invés de uma vez por semana.

E se tivesse um robô para fazer as compras diretas no supermercado e entregar na sua casa? E se esse mecanismo se estendesse ao mundo dos investimentos?

Você pode imaginar como funcionaria um sistema capaz de identificar sempre quais são todas as oportunidades da bolsa? A preços acessíveis para todos?

Na próxima quarta-feira, você verá como a análise quantitativa pode jogar a seu favor quando falamos dos seus investimentos.

O especialista Leonardo Pontes, engenheiro formado pelo ITA e detentor do melhor certificado do mundo na área de análise quantitativa, vem trabalhando há meses para trazer o que há de mais avançado em tecnologia e investimentos.

Tenha acesso – gratuitamente – ao conhecimento único de Leonardo com a websérie “Quant, a Inteligência Artificial do Dinheiro”.

Agora é a hora de fazer a tecnologia trabalhar para você.

Um grande abraço,

Valter