Valter Outeiro: Brasil 2022 – quem vem lá e o que esperar para a Bolsa?
Em 12 de julho de 2022, três chapas permanecem empatadas: “Brasil para o futuro”, formada por João Doria e Sergio Moro, “Brasil para frente”, composta por Bolsonaro e Mourão, “Brasil para todos”, de Ciro Gomes e Fernando Haddad.
Após uma forte queda de 9% do PIB em 2020, a recuperação vertiginosa do emprego em 2021 após a legalização dos jogos, com a criação de “Sagarana” no semiárido nordestino, apelidada de “Las Vegas do Hemisfério Sul”, resulta em retomada estratosférica da economia.
Impressionantes 7% no crescimento, impulsionado pelo boom da construção civil, pela criação maciça de empregos no setor de serviços e pela infraestrutura necessária para criar o maior polo de entretenimento da América Latina: casas de espetáculos, restaurantes, parques temáticos, hotéis, acompanhados de cassinos.
Capa da “The Economist” aponta para “seria o Brasil a nova China?”, com o dragão voando em torno da filial brasileira do Ceasars Palace.
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Matéria do The Wall Street Journal indica “Brasil nunca foi tão atraente”, após especulações da Disney (DISB34) planejar montar o maior parque temático do mundo a 100 km de “Sagarana”.
Não vejo outra alternativa viável para retomada do crescimento.
100 mil
Distante desta sonhada realidade, o Ibovespa superou a barreira psicológica dos 100 mil nesta semana, no final do pregão da última sexta-feira.
Sobre grandes números redondos (e a influência deles em investimentos), os pesquisadores da Universidade de Southampton P. Fraser Mackenzie, M. Sung e J.E.V. Johnson escreveram “The prospect of a perfect ending: Loss aversion and the round-number bias”.
No artigo, os três pesquisadores ressaltam o viés do ser humano de focar sempre em números redondos como referências cognitivas.
Dos 100 mil para à máxima histórica próxima a 120 mil, a temporada de resultados do segundo trimestre de 2020 vai determinar (e evidenciar) o quão rápido chegaremos de novo à quebra dos recordes.
Comparações e medos
Na coluna Mind The Gap aqui do Money Times, Marink Martins brilhantemente ressalta como a comparação de varejistas brasileiras com a Amazon (AMZO34) carece de fundamento.
Para Paul Donovan, economista-chefe global do UBS, o coronavírus não é o problema, mas sim o medo da população em torno da contaminação. “O que será requerido para conter o medo do vírus?”, questionou, em entrevista a Bloomberg.
Um abraço,
Valter Outeiro.