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Valorização do milho encolhe poder de compra do pecuarista

29 abr 2021, 10:48 - atualizado em 29 abr 2021, 10:48
Milho
Segundo pesquisadores do Cepea, a alta do milho justamente coincide com o período em que pecuaristas intensificam o uso de grãos na alimentação animal, tendo em vista a entrada do período mais seco do ano (Imagem: Reuters/Bryan Woolston)

O atual poder de compra de pecuaristas paulistas frente ao milho é o pior desde junho de 2016. Segundo pesquisadores do Cepea, nem mesmo as altas nas cotações do boi gordo ao longo de abril vêm ajudando a melhorar a relação de troca de arroba por um dos principais insumos de alimentação.

Isso porque as valorizações do milho têm sido ainda mais fortes.

Pesquisadores ressaltam que esse cenário é observado justamente em um período em que pecuaristas intensificam o uso de grãos na alimentação animal, tendo em vista a entrada do período mais seco do ano.

Considerando-se os Indicadores CEPEA/B3 do boi gordo (SP) e ESALQ/BM&FBovespa do milho (Campinas–SP), enquanto no início de 2021 a venda de um quilo do boi gordo possibilitava a compra de 14,82 quilos de milho, neste mês de abril, o pecuarista consegue adquirir apenas 13,09 quilos do insumo.

Em abril do ano passado, a venda de um quilo de boi rendia 15,08 quilos de milho, ou seja, a relação de troca atual está 13,2% pior.

Em junho de 2016, a venda de um quilo de boi possibilitava a compra de apenas 12,75 quilos de milho.

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