Valorização da Cemig com expectativa de privatização não se justifica, diz XP
A XP Investimentos projeta “cenário desafiador para privatizações em Minas Gerais apesar das intenções do poder executivo” em relatório desta terça-feira (24), no qual os analistas mantém a recomendação neutra para as ações da Cemig (CMIG4).
Para o analista Gabriel Fonseca, não existem “motivos para justificar o prêmio que os papeis da companhia mineira negociam em relação a pares estatais, como a Copel (CPLE6)”. A corretora lista recomendação de compra para as ações da paranaense.
A instituição explica a inexistência de fatores para o prêmio “em face de um desapontamento com uma eventual privatização”, em caso de não concretude.
Reequilíbrio em foco
Fonseca destaca a intenção do executivo, conforme destacada pelo governador Romeu Zema, de enviar as próximas semanas à Assembleia Legislativa projeto que prevê a privatização de todas as empresas estatais.
“Focando na Cemig, o governador afirmou que nem a empresa nem o estado tem recursos para fazer frente aos investimentos necessários para reequilibrar a empresa economicamente e atender pedidos de novas ligações em prazos menores”, avalia a corretora.
Outras recomendações
Ao contrário da XP Investimentos, a equipe de análise do Credit Suisse mostra recomendação neutra para as ações da Copel, com preço-alvo de R$ 51,64 – upside (potencial de valorização) de 1,2% em relação ao último fechamento.
Em linha, a Bradesco Corretora lista recomendação neutra para os papeis da Copel, com preço-alvo de R$ 29,00 para doze meses. Caso se materializem as projeções, a ação poderá cair até 43,2%.
Por último, a instituição brasileira está otimista com a Cemig. Os analistas listam recomendação de compra para os papeis, com preço-alvo de R$ 17,00 – upside de 19,7% na comparação com a cotação da última segunda-feira (23).