Coluna do Einar Rivero

Valor de mercado: Quais empresas deram mais alegrias (e tristezas) aos seus investidores

03 set 2024, 12:38 - atualizado em 03 set 2024, 13:33
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(Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

Entre os 79 segmentos monitorados pela B3, os setores de motores, compressores, carnes e derivados e exploração, refino e distribuição se destacam como os que mais cresceram em valor de mercado até 30 de agosto de 2024.

Este ano tem sido especialmente positivo para essas áreas, que registraram significativos aumentos, impulsionados por empresas líderes em seus respectivos campos.

O setor de motores e compressores, composto por duas empresas, lidera o crescimento com uma valorização de R$ 72,2 bilhões. Esse desempenho é majoritariamente atribuído à Weg (WEGE3), que sozinha respondeu por praticamente todo esse incremento, posicionando-se como a companhia com maior crescimento individual na bolsa.

Em seguida, o setor de carnes e derivados, com seis empresas, apresentou um crescimento de R$ 46,7 bilhões. Este aumento é impulsionado por grandes players como JBS (JBSS3) e BRF (BRFS3), que têm conseguido se destacar no cenário nacional e internacional.

Além disso, os dez maiores setores da B3, que incluem também minerais metálicos, motores e compressores, cervejas e refrigerantes, seguradoras, carnes e derivados, telecomunicações e serviços médico-hospitalares, representam 75,5% do valor total da bolsa, uma alta em relação aos 73,4% registrados em dezembro de 2023.

Esse aumento na concentração é significativo, já que demonstra uma dependência crescente da bolsa em relação a um número restrito de setores e empresas.

Aumento na Concentração dos Maiores Setores

A análise mais detalhada do valor de mercado da B3 revela uma concentração cada vez maior nos setores mais representativos.

Os três maiores setores – bancos, exploração, refino e distribuição, e energia elétrica – concentram, sozinhos, praticamente 50% do valor de mercado da B3, somando 60 empresas.

Esse grupo teve uma leve variação positiva no ano, com um aumento de R$ 22,3 bilhões, impulsionado principalmente pelo desempenho robusto do setor de exploração, refino e distribuição, que cresceu R$ 34,1 bilhões.

Além disso, os dez maiores setores da B3, que incluem também minerais metálicos, motores compressores, cervejas e refrigerantes, seguradoras, carnes e derivados, telecomunicações e serviços médico-hospitalares, representam 75,5% do valor total da bolsa, uma alta em relação aos 73,4% registrados em dezembro de 2023.

Esse aumento na concentração é significativo, já que demonstra uma dependência crescente da bolsa em relação a um número restrito de setores e empresas.

As Maiores Altas e Baixas do Mercado

A Weg se destaca como a empresa de maior crescimento na B3 em 2024, com uma valorização de R$ 72,3 bilhões. Em sequência, Petrobras (PETR3 e PETR4), Itaú Unibanco (ITUB4), JBS (JBSS3) e BRF (BRFS3) completam o grupo das cinco companhias que mais aumentaram seu valor de mercado, acumulando juntas um aumento expressivo de R$ 240,2 bilhões.

No entanto, nem todas as empresas registraram resultados positivos. Na ponta oposta, Vale (VALE3) lidera as quedas, com uma retração de R$ 77,4 bilhões em seu valor de mercado.

Outras empresas, como Localiza (RENT3), Bradesco (BBDC3 e BBDC4), BTG Pactual (BPAC11) e Ambev (ABEV3), também sofreram significativas perdas, acumulando, entre as dez maiores quedas, uma redução total de R$ 196,6 bilhões.

Reflexões sobre a Concentração de Valor de Mercado

Os dados sugerem uma concentração significativa do valor de mercado em poucos setores e empresas, o que pode ter implicações profundas para o mercado financeiro brasileiro.

A concentração de ganhos em setores específicos, como motores, compressores e exploração de petróleo, indica uma forte dependência do mercado em relação a estas indústrias.

Por outro lado, a concentração de perdas em setores como minerais metálicos e serviços financeiros aponta para desafios específicos que essas áreas enfrentam, possivelmente relacionados a fatores macroeconômicos e mudanças regulatórias.

Esse cenário de concentração sugere que, enquanto alguns setores estão em franca expansão, outros enfrentam dificuldades que podem impactar negativamente o desempenho geral do mercado.

A diversificação setorial e a gestão de riscos se tornam, portanto, aspectos cruciais para investidores e gestores de portfólios que buscam equilibrar retorno e segurança em um mercado caracterizado por extremos de performance.

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Einar Rivero é CEO da Elos Ayta Consultoria e especialista de dados financeiros de mercado. Formado em Engenharia, tornou-se referência para o mercado financeiro por trazer levantamentos e insights inéditos a partir do cruzamento de dados econômicos. Durante 25 anos, atuou como líder e gerente de relacionamento institucional de plataformas de informação financeira, como TradeMap e Economatica.
einar.rivero@autor.moneytimes.com.br
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Einar Rivero é CEO da Elos Ayta Consultoria e especialista de dados financeiros de mercado. Formado em Engenharia, tornou-se referência para o mercado financeiro por trazer levantamentos e insights inéditos a partir do cruzamento de dados econômicos. Durante 25 anos, atuou como líder e gerente de relacionamento institucional de plataformas de informação financeira, como TradeMap e Economatica.
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