Validadores da rede Stellar aceitarão atualização do protocolo?
Stellar (XLM) é um protocolo de pagamento que deseja conectar bancos, sistemas de pagamento e pessoas. O projeto foi criado por Jed McCaleb e Joyce Kim em 2014. Stellar é análogo a Ripple (XRP) de diversas formas, onde McCaleb já havia trabalhado.
Os membros do comitê e de consultoria da XLM incluem Keith Rabois, Patrick Collison, Matt Mullenweg, Greg Stein, Joi Ito, Sam Altman, Naval Ravikant, dentre outros. O protocolo Stellar é apoiado por uma empresa sem fins lucrativos, a Stellar Development Foundation (SDF).
Assim como XRP, Stellar não usa o algoritmo de consenso proof-of-work nem o de proof-of-stake, e sim sua abordagem exclusiva para solucionar o problema dos generais bizantinos, chamada de Acordo Bizantino Federado (FBA, na sigla em inglês).
O whitepaper original do Stellar, escrito por David Mazières, afirma que “o FBA obtém robustez por meio de fatias de quórum — decisões de confiança feitas por cada nó que, juntas, determinam quóruns de nível sistêmico. Fatias unem o sistema da mesma forma que as decisões de avaliação e de trânsito de redes individuais agora unificam a internet”.
No dia 30 de abril, as alterações do Protocolo 13 foram combinadas e lançadas com uma atualização acessível chamada Stellar Core v13.0.0. Também já existe uma rede de testes funcionando no Protocolo 13.
Para que haja atualização da rede principal e pública do Stellar, validadores precisarão configurar seus nós para escolher o Protocolo 13. Se muitos não configurarem, os novos Protocolos Principais de Avanço não serão acrescentados à nova rede.
As alterações do protocolo focam em três Protocolos Principais de Avanço (ou CAPs): “fee bumps” (CAP-15), controle refinado da autorização de ativos (CAP-18), e contas multiplexadas de primeira classe (CAP-27).
“Fee bumps” permitem que um usuário da Stellar pague uma taxa por uma transação existente sem ter que assinar uma transação novamente ou gerenciar um número sequencial. Isso possui muitas ramificações para aplicações criadas no protocolo Stellar.
Com o novo controle refinado de ativos, usuários podem controlar quanto de um ativo regulamentado outro usuário pode reter ou em quais condições eles podem comprar ou vender mais.
Por exemplo, uma corretora não custodial agora pode pagar taxas de transações em nome de um usuário do Stellar sem saber seu número de sequência.
Justin Rice, chefe de desenvolvimentos do projeto, sugere que isso fará com que carteiras e corretoras não custodiais consigam cobrar altas taxas para transações mais rápidas e simples que usam o sistema “fee bump”.
Contas multiplexadas de primeira classe apresentam um novo tipo de endereço de conta ao protocolo Stellar, incluindo uma gravação integrada de 64 bits. Essa alteração ajudará corretoras e outros serviços de custódia que geralmente possuem um único endereço de depósito no Stellar.
O sistema de gravação integrado poderá ser usado para rotear pagamentos às contas corretoras de usuários que existem em suas bases internas de dados.
Também existem duas outras atualizações menores, CAP-28 e CAP-30.
Porém, Rice sugere que “essas duas otimizações não têm o mesmo impacto óbvio em grande parte dos usuários como fee bumps, controle melhor da autorização de ativos e contas multiplexadas, mas ajudam Stellar Core. Assim, a rede, como um todo, consegue funcionar melhor”.
A SDF queimou 55 bilhões de lumens em novembro de 2019, anteriormente destinados para futuros custos de operação, parcerias e recompensas.
Denelle Dixon, CEO da SDF, contou aos participantes da conferência Stellar Meridian que “por mais que quiséssemos usar os lumens que tínhamos, foi muito difícil colocá-los no mercado”. Isso encorajou detentores existentes a usarem seus tokens lumens, agora mais escassos.
No fim de 2018, a SDF anunciou uma distribuição (ou “airdrop”) de até 500 milhões de XLM no site Blockchain.com, que acrescentou suporte de carteira ao ativo. O airdrop está acontecendo e é considerado como encorajador para usuários de cripto de primeira viagem e curiosos.
Cada usuário poderá receber US$ 25 em XLM após passarem por verificação de KYC na forma de um endereço de e-mail e documentação de identidade. Neste mês, 75% do airdrop atribuído foi distribuído.