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Valero declara ter mais força com usinas de biocombustível fechadas

26 mar 2020, 11:14 - atualizado em 26 mar 2020, 11:14
A segunda maior refinaria de petróleo dos EUA não cumprirá os contratos de compra de milho de sua unidade em Albert City, Iowa (Imagem: Site/Valero Energy)

A Valero Energy declarou força maior em pelo menos duas usinas de biocombustíveis devido ao impacto da pandemia de coronavírus sobre a demanda mundial por gasolina.

A segunda maior refinaria de petróleo dos EUA não cumprirá os contratos de compra de milho de sua unidade em Albert City, Iowa, segundo carta vista pela Bloomberg.

A empresa também não fornecerá suprimentos de grãos secos de destiladores, usados para ração, de sua usina em Albion, Nebraska, informou a empresa em outra carta.

A Valero vai “fechar temporariamente” ambas as usinas que produzem etanol à base de milho, já que o surto de coronavírus esvaziou as estradas nos EUA e reduziu a demanda por gasolina, segundo as cartas.

Força maior é uma cláusula que permite às empresas não cumprir contratos em razão de catástrofes naturais e imprevisíveis.

Produtores de etanol dos EUA enfrentam margens negativas devido à guerra de preços do petróleo entre Arábia Saudita e Rússia, que provocou um colapso nos mercados de petróleo. Além disso, a pandemia atingiu a demanda por gasolina, o que obrigou muitos produtores de etanol a reduzir a produção.

Na terça-feira, a Andersons anunciou que suspenderá as operações das usinas de etanol. A POET, principal produtora dos EUA, “cessou temporariamente as compras de milho em vários locais” e avalia os níveis de produção. A Husker suspendeu as operações em uma de suas duas usinas de etanol em Plainview, Nebraska, por “duas semanas”.

A Valero citou restrições físicas para transportar ou armazenar etanol de milho como razões para o fechamento das usinas, de acordo com as cartas. A empresa acrescentou que a disponibilidade dos tanques “caiu muito” devido ao excesso de gasolina e etanol.

A empresa não quis comentar. No site da usina de Albert City, um comunicado de 26 de março diz que não haverá entregas de milho até novo aviso.