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VALE3, CSNA3, USIM5: O que esperar das empresas daqui para frente, após trimestre ‘pouco inspirador’?

28 ago 2023, 15:35 - atualizado em 28 ago 2023, 15:35
Vale
Vale é destaque positivo do setor de mineração e siderurgia em trimestre ainda “pouco inspirador” (Imagem: REUTERS/Adriano Machado)

Na Bolsa, o setor de mineração e siderurgia se destaca negativamente entre as commodities por “estar atrás” em 2023. Ao longo dos últimos meses, o segmento foi machucado por dados fracos da China que não atenderam às expectativas do mercado.

O resultado disso é um desempenho misto entre as empresas expostas ao minério de ferro e à dinâmica da indústria do aço, com o tombo de quase 30% das ações da Vale (VALE3) no acumulado do ano sob os holofotes.

Números fracos do primeiro semestre pesaram ainda mais sobre os papéis. Entre abril e junho, Vale conseguiu entregar a melhor leva do período, mas, no geral, o trimestre foi “pouco inspirador” para o setor, avalia a XP Investimentos.

A corretora destaca que a margem Ebitda apresentou queda sequencial para a maioria das empresas sob sua cobertura devido a uma combinação de preços mais baixos de commodities, valorização do real e aumento de custos.

O que esperar daqui para frente?

Na avaliação da XP, o mercado pode esperar tendências melhores passado o primeiro semestre de 2023.

No caso da Vale, analistas esperam que a empresa reverta parte do aumento dos custos caixa do minério de ferro C1, principalmente pela expectativa de maior produção no segundo semestre, impulsionando maior diluição dos custos fixos.

“Estimamos que a Vale precisará reduzir os custos caixa C1 em 8-15% no segundo semestre de 2023 vs. o primeiro semestre de 2023 para cumprir seu guidance revisado. […] Em nossa opinião, ainda é alcançável neste ponto (embora desafiador)”, diz a XP.

Para a CSN (CSNA3), espera-se que a divisão siderúrgica mostre menores custos com a normalização das operações da Usina Presidente Vargas. A companhia sinalizou que os custos do aço em julho já estavam abaixo da média do segundo trimestre.

“Acreditamos que isso pode compensar parcialmente um ambiente pressionado de preços no terceiro trimestre de 2023 para produtos de aços planos no Brasil”, afirma a XP.

No caso da Usiminas (USIM5), a corretora antecipa mais um trimestre desafiador, sob impacto da reforma do Alto Forno 3, com conclusão prevista para setembro de 2023.

A paralisação do Alto Forno 3 poderá impactar a produção de aço e manter os custos estabilizados em patamares mais elevados até o fim do ano, avalia.

“Além disso, também vemos um cenário de pressão de preços para produtos de aços planos no Brasil como um risco de curto prazo para a Usiminas”, acrescenta o time de análise da XP.

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