VALE3, CSNA3, GGBR4, USIM5: Veja quem vai brilhar (e decepcionar) no 1T23, segundo o Itaú
Mal encerramos a temporada de resultados do quarto trimestre de 2022, que se arrastou por três meses, e a safra de resultados do primeiro trimestre já está batendo às portas. O Itaú BBA soltou relatório de prévia das empresas de commodities, entre elas Vale (VALE3), CSN (CSNA3), Gerdau (GGBR4) e Usiminas (USIM5).
Segundo a corretora, entre as siderúrgicas, os resultados da Usiminas devem mostrar a maior melhora trimestral, puxado pelo desempenho nas divisões de siderurgia e mineração.
Além disso, é esperado que a a Gerdau se beneficie dos resultados no Brasil e nos EUA, enquanto a CSN deve registrar um ligeiro aumento trimestral no Ebitda (resultado operacional) do primeiro trimestre.
Veja a seguir o que esperar de cada empresa
Vale: Mais uma decepção
O Itaú espera queda do resultado da Vale, prejudicada por resultados mais fracos nas divisões de minério de ferro e metais básicos.
“Estimamos uma queda sequencial no Ebitda na divisão de ferrosos, uma vez que volumes menores e custos mais altos provavelmente compensarão os preços mais altos”, argumenta.
É esperado que a gigante embarque 57 milhões de toneladas de minério de ferro, queda de 35% ante o quarto trimestre, prejudicados pela menor sazonalidade e restrições logísticas no trimestre.
O Itaú vê ainda uma melhora do preço do minério de ferro, mas com custos maiores.
Segundo os analistas, a Vale deverá lucrar US$ 1,9 bilhão, queda de 46% no trimestre e 55% do ano.
CSN: Resultados mais fortes
Na visão dos analistas, é esperado que a CSN apresente resultados mais fortes do que no quarto trimestre, com Ebitda recorrente de R$ 3,15 bilhões, alta de 1%.
“O desempenho provavelmente será impulsionado por melhores resultados na divisão de mineração, auxiliados por um aumento nos preços do minério de ferro realizado, que mais do que compensaram volumes menores e custos mais altos”, destaca.
Para a divisão de aço, os analistas projetam uma queda sequencial nas vendas domésticas no primeiro trimestre (-8%), principalmente devido à menor produção no trimestre; já as exportações devem aumentar em 20%.
Gerdau: sequencialmente mais forte
O Itaú projeta alta de 13% para o Ebitda da Gerdau, a R$ 4,1 bilhões, impulsionado principalmente por resultados mais fortes no Brasil e nos EUA.
“Espera-se que as margens no Brasil aumentem 3 pontos percentuais no trimestre, para 14%, com maiores volumes e menores custos”, coloca.
Além disso, as margens na divisão de aços especiais devem permanecer estáveis, enquanto a América do Sul deve apresentar um aumento sequencial.
Em R$ | Variação no ano | Variação no trimestre | |
---|---|---|---|
Lucro | 1,774 bi | -39.7% | 45.6% |
Receita | 19,397 bi | -4,60% | 8% |
Ebitda | 4,100 bi | -29.6% | 12.9% |
Usiminas: Melhora sequencial
Pelos cálculos dos analistas, a Usiminas apresentará resultados sequencialmente mais fortes no primeiro trimestre, com Ebitda consolidado de R$ 755 milhões (aumento de 30%).
“Os resultados para o negócio de aço provavelmente mostrarão uma melhoria sequencial, já que os custos
de aço mais baixos e os volumes mais altos mais do que compensaram os preços mais baixos”, dizem.
Já os resultados da mineração também devem aumentar sequencialmente, seguindo a melhora nos preços do minério de ferro, que mais do que compensaram os volumes mais baixos.
Em R$ | Variação no ano | Variação no trimestre | |
---|---|---|---|
Lucro | 536 mi | 55.0% | |
Receita | 7,732 bi | 1.4% | 0.9% |
Ebitda | 755 mi | 51.6% | 30.4% |