VALE3, CSNA3, GGBR4: Por que 4T22 não será um grande evento para ações, segundo BTG
O BTG Pactual antecipa um trimestre pressionado para as commodities na temporada de resultados trimestrais que está perto de começar.
O banco projeta receitas mais fracas para boa parte de seu universo de cobertura do setor, com o principal impacto vindo de preços e volumes menores.
Além disso, no quarto trimestre de 2022, as empresas devem mostrar uma base de custo ainda muito alta.
“O trimestre ainda é marcado por um ambiente externo turbulento, com vários ventos contrários impactando o crescimento chinês e os preços das commodities em geral, com exceção dos preços da celulose, que permaneceram em alta no quarto trimestre de 2022 (olhando para o passado, pois os preços já estão corrigindo)”, completam os analistas Leonardo Correa, Caio Greiner e Bruno Lima, em relatório publicado nesta quarta-feira (11).
Apesar da expectativa de um trimestre mais fraco, o BTG não espera uma forte reação por parte do mercado. Para a instituição, os investidores devem olhar para frente, precificando uma recuperação dos lucros ao longo de 2023.
“Vemos os resultados como um não evento aqui…”, afirmam os analistas.
As ações da Bolsa expostas a commodities, em especial mineradoras e siderúrgicas, estão aproveitando a recuperação dos preços, que sobem em relação às médias do quarto trimestre de 2022.
O avanço é puxado pela flexibilização das duras restrições da política de Covid Zero na China e pelas expectativas de retomada das atividades da segunda maior economia do mundo.
“Os investidores estão lentamente se posicionando à frente de uma aceleração do crescimento na China e de possíveis revisões positivas de lucros à frente”, avalia o time de análise.
“Por exemplo, os preços do minério de ferro já estão em ~US$ 120/tonelada, o que implicaria um upside (potencial de alta) para o consenso da Vale (VALE3) em torno de 10-15% para 2023″, acrescentam os analistas.
Na avaliação do BTG, Suzano (SUZB3) deve ser o destaque positivo do setor na temporada de resultados do quarto trimestre. Já CBA (CBAV3), Usiminas (USIM5), Gerdau (GGBR4) e Dexco (DXCO3) vão se sobressair pelo nado negativo.