VALE3, CSNA3, CMIN3, USIM5 ou GGBR4? Uma empresa será a exceção do 2T23, segundo 4 analistas
O mercado está em contagem regressiva para o início da temporada de resultados do segundo trimestre do ano. Entre mineradoras e siderúrgicas, a Vale (VALE3) dará a largada ao divulgar o balanço no dia 27 de julho.
Novamente, analistas esperam mais uma safra de números fracos para o setor em geral, reflexo de menores preços das commodities e custos ainda inflacionados.
Para XP Investimentos, Bank of America (BofA) e Santander, as empresas do setor devem mostrar piora sequencial do Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização).
Pelas projeções do Santander, as produtoras de aço brasileiras devem mostrar resultados mais fracos, com uma queda média de 30% do Ebitda diante de fundamentos frágeis para os mercados de aços longos e planos no país.
A XP levanta um ambiente desafiador para os reajustes de preços na siderurgia. Existe uma pressão no mercado brasileiro em razão dos altos prêmios atuais, especialmente para produtos de aços planos, destaca.
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Decepções (e a exceção) da temporada
Para a XP, CSN Mineração (CMIN3) e Usiminas (USIM5) devem ser os destaques negativos do segundo trimestre, marcando as maiores quedas sequenciais de Ebitda (-47% e- 45%, respectivamente).
O Santander, além das duas empresas citadas pela XP, menciona a holding CSN (CSNA3) como uma das potenciais piores performances da safra, considerando as baixas expectativas de preços realizados de minério de ferro.
Em contraposição, parece ser consenso entre os analistas que a exceção será a Vale, uma das ações mais penalizadas no primeiro semestre não só pelo minério de ferro, como também por resultados aquém do esperado no início do ano.
Segundo o BofA, a Vale deve se beneficiar de uma retomada forte de volumes, após um trimestre sazonalmente mais fraco.
Já o Santander espera que os volumes de vendas de minério de ferro e pelotas da companhia apresente alta sequencial de 32% entre abril e junho, a 73,5 milhões de toneladas, levando a um Ebitda de US$ 4 bilhões (+13% trimestre a trimestre).
“Também esperamos que a administração da Vale nos guie para uma performance operacional melhor no segundo semestre de 2023 (principalmente em Carajás e Brucutu”, acrescenta o banco.
Na avaliação do BTG Pactual, a Vale será a única a apresentar crescimento de lucro no segundo trimestre.
“Apesar de uma queda de aproximadamente 10% nos preços do minério de ferro no trimestre, prevemos que a Vale conseguirá manter resultados amplamente estáveis (ou mais altos), devido a uma recuperação sazonal (e também operacional) dos embarques”, diz.
Ainda, o BTG acredita que a CSN Mineração será “severamente afetada” pela volatilidade dos seus mecanismos provisórios de precificação, levando a resultados significativamente mais baixos, mesmo com a expectativa de uma produção sólida.
Em paralelo, questões operacionais devem seguir prejudicando o desempenho financeiro de CSN e Usiminas, enquanto Gerdau enfrentará desafios com os preços realizados mais baixos.