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Vale (VALE3): XP corta recomendação em meio a ‘dicotomia macro vs micro’; veja o que pesa para o bem e para o mal

02 dez 2024, 13:51 - atualizado em 02 dez 2024, 13:51
vale vale3 jcp
XP rebaixa recomendação da Vale para neutra e introduz preço-alvo para 2025 (Imagem: REUTERS/Pilar Olivares)

A XP Investimentos cortou a recomendação para a Vale (VALE3) de compra para neutra, introduzindo um preço-alvo de R$ 66 por ação e US$ 11 para a ADR (American Depositary Receipt), em meio a um cenário macro negativo e micro positivo para a mineradora.

Os analistas da casa comentam que a companhia vive uma “dicotomia macro vs micro”, uma vez que veem a perspectiva para o minério de ferro como “pouco inspiradora” e principal fator detrator da narrativa da Vale.

Para a casa, os atuais níveis da commodity em torno de US$ 100/tonelada são negativamente assimétricos em relação ao nível de, em média, US$ 90/tonelada que consideram justo.

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Por outro lado, a XP evidencia que diversas pendências da Vale estão sendo concluídas, ou ao menos se encaminhando para a conclusão.

A exemplo disso, os analistas comentam que as mudanças na alta administração e o acordo final referente ao desastre de Mariana, somado a um desempenho operacional positivo, promovem sinais animadores para a empresa.

Vale lembrar que, após especulações sobre quem assumiria o comando da mineradora, em agosto houve o anúncio do nome de Gustavo Pimenta, que e agradou ao mercado. Ainda, a companhia anunciou em julho Shaun Usmar como o novo CEO da Vale Base Metals (VBM).

Sobre Mariana, a Vale irá pagar R$ 170 bilhões no acordo de indenizações, conforme anunciou ao mercado em outubro, abrangendo medidas de reparação socioambiental e socioeconômica. Segundo a mineradora, esses recursos serão destinados a ações compensatórias, indenizações e recuperação ambiental.

Os analistas veem a narrativa micro como um ponto positivo em meio ao macro prejudicado. “Além disso, o ajuste do guidance de produção de minério de ferro para níveis mais realistas (e mais altos), enquanto se entrega a redução de custos caixa, indica uma perspectiva relativa melhor para a narrativa micro”, afirmam.

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Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas.
lorena.matos@moneytimes.com.br
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