Vale (VALE3): Otimismo voltou? Analistas elevam projeções de Ebitda até US$ 3,6 bi; veja 4 recomendações para as ações
Após a Vale (VALE3) reportar números de produção “sólidos” no primeiro trimestre de 2024 (1T24), diferentes bancos e corretoras elevaram as projeções para o Ebitda da mineradora no período. Agora, os mais otimistas veem um lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização de US$ 3,6 bilhões.
Segundo analistas, o principal fator para um Ebitda mais forte está relacionado aos melhores preços do minério de ferro e do níquel, bem como ao volume de vendas ligeiramente melhor.
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O preço médio realizado de finos de minério foi de US$ 100,7 por tonelada, apesar da queda anual média de 7,3% na cotação internacional. Além disso, as vendas da commodity subiram 15%, enquanto o volume avançou 6,1%.
Agora, o Ebitda esperado para Vale no primeiro trimestre é de:
- Genial Investimentos: US$ 3,3 bilhões, alta de 8,6% frente à projeção anterior;
- Goldman Sachs: US$ 3,5 bilhões, alta de 3%, e elevou as estimativas para 2024, 2025 e 2026 em 2%, 2% e 3%, respectivamente;
- Itaú BBA: US$ 3,6 bilhões, aumento de 12,5%; e
- XP Investimentos: US$ 3,2 bilhões, alta de 14%.
Apesar das revisões para cima, os analistas ressaltam que o trimestre não deixou de ser desafiador. A maioria das novas estimativas, inclusive, ainda implicam em uma queda dos lucros, sendo que o Ebitda ajustado da mineradora foi de US$ 3,57 bilhões no primeiro trimestre de 2023.
Os resultados da mineradora devem ser impactados por preços realizados de minério de ferro sequencialmente mais fracos, volumes mais baixos e custos mais elevados.
O que fazer com as ações e ADRs da Vale?
Mesmo diante de um cenário ainda pressionado para a Vale, os bancos e corretoras mantêm recomendações otimistas. As indicações são de:
- Genial: compra e preço-alvo de R$ 72,30, potencial alta de 17% (referente às ações);
- Goldman: compra e preço-alvo de US$ 16,20, potencial alta de 36% (referente às ADRs);
- BBA: outperform e preço-alvo de US$ 14, potencial alta de 17% (referente às ADRs); e
- XP: compra e preço-alvo de R$ 82, potencial alta de 32% (referente às ações).
Para a Genial, o fato da Vale estar descontada justifica a indicação. Os analistas destacam que o fluxo de caixa do acionista (FCF) yield esperado para este ano melhorou, chegando a 13%. “A Vale ainda exibe métricas financeiras sólidas”, dizem.
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Além disso, apesar das incertezas ligadas a China, acordo de Mariana (MG) e ferrovias (EFVM e EFC), bem como a pressão do governo em tentativas de intervenções políticas, os analistas estão confiantes no desempenho operacional da companhia.
O Golman ressalta ainda que a pressão sobre os preços do minério de ferro deve ser limitada a partir daqui. “A equipe de commodities da GS Global espera que o ambiente de procura onshore mais favorável prevaleça no segundo trimestre, refletindo ajustes sazonais, bem como o apoio político na China, limitando parte da resistência imobiliária que é evidente atualmente”, dizem.
“Esta mudança deverá ajudar a reequilibrar o mercado e limitar o potencial de outra descida substancial dos preços. Nesse contexto, a equipe espera que o preço de referência do minério de ferro 62% fique na média de US$ 105 por tonelada durante o restante do ano”, completam.