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Vale (VALE3): UBS joga banho de água fria em China, rebaixa ação e corta preço-alvo; veja detalhes

11 nov 2024, 12:52 - atualizado em 11 nov 2024, 14:26
vale
(Imagem: Reuters/Washington Alves)

A volatilidade da Vale (VALE3) continua a todo vapor. Após disparar 14% entre 10 de setembro e 26, a ação volta a cair forte, acumulando tombo de 5% nas últimas sessões.

Novamente, o minério de ferro e a expectativa de um pacote de estímulos da China mais fraco que o esperado prejudicam o papel. Por volta das 12h22, a ação caia 2,13%.

Porém, a companhia recebeu mais uma má notícia. O UBS cortou o preço-alvo das ADRs de US$ 14 para US$ 11,5 e a recomendação de compra para neutra.

Os analistas até dizem que a mineradora fez progressos significativos em 2024, ao melhorar o desempenho operacional, resolver o litígio da Samarco no Brasil e nomear um novo CEO.

O UBS também vê potencial para mais progressos nos próximos seis meses com a melhoria das relações governamentais para facilitar o novo acordo de concessão ferroviária, que envolve R$ 25 bi, e a modernização da regulamentação de cavernas.

Porém, tudo esbarra no minério de ferro. O banco acredita que os preços vão continuar pressionados. “Em nossa opinião, as exportações de aço da China são vulneráveis a restrições globais e provavelmente não serão totalmente compensadas pelo estímulo”, colocam.

Como consequência, o UBS acredita que os dividendos extraordinários só vão pingar em 2025/26 (com excesso de FCF para financiar desembolsos). O banco calcula fluxo de caixa de 3% em 2025, com rendimento em 7%.

E com a eleição de Donald Trump na última semana, que promete trazer incertezas e inflação para o mundo, os analistas reduziram as previsões de prêmio de minério de ferro e volume de pelotas para 2025/26E e cortaram o Ebitda, que mede o resultado operacional, da Vale para 2025 e 2026 em 9%.

“Esperamos que os preços do minério de ferro se mantenham em US$ 100 a tonelada em 2025 (spot ~US$ 105/t) e depois caiam de volta para o suporte de custo (US$ 80-90/t) conforme a oferta aumenta”.

No entanto, dizem, a companhia se beneficiará no médio prazo da melhoria dos volumes, menores custos e maiores prêmios (Fe/pelota) à medida que seus três principais projetos de crescimento aumentam e a indústria siderúrgica da China começa a descarbonizar.

“Esperamos que isso compense o impacto dos preços mais baixos”.

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Vale: Dividendos extraordinários saem?

Segundo o UBS, é improvável que a companhia pague os dividendos extraordinários. É esperado que a Vale faça US$ 15,5 bilhões de Ebitda a US$ 100 a tonelada. Por outro lado, a geração de caixa será de apenas US$ 2 bilhões após juros/impostos/associados, capex (investimentos) e desembolsos.

“Com a dívida líquida expandida no segundo trimestre em US$ 16 bilhões (metade superior da meta de US$ 10-20 bilhões) e FCF pós-dividendo negativo, em nossa opinião, é improvável que a Vale retorne qualquer excesso de caixa aos acionistas em 2025”, escreveu.