Comprar ou vender?

Vale (VALE3) tem potencial para surpreender o mercado, diz Goldman Sachs

04 dez 2024, 13:03 - atualizado em 04 dez 2024, 18:31
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(Imagem: REUTERS/Pilar Olivares)

A Vale (VALE3) tem potencial para surpreender positivamente o mercado, avaliou nesta quarta-feira (4) o Goldman Sachs, um dia após o Investor Day realizado pela mineradora em Nova York. O banco reiterou a recomendação de compra para o papel.

“A empresa, pela primeira vez em pelo menos cinco anos, está sendo conservadora e tem potencial para surpreender o mercado positivamente, dado o recente indício de eficiências operacionais e entregas de projetos acima das expectativas”, afirmaram analistas Marcio Farid e equipe.

Segundo a instituição, as projeções para custo e produção de minério de ferro indicam melhora em 2025, com avanços mais significativos esperados para 2026.

Durante o evento, o diretor comercial da Vale, Rogério Nogueira, destacou o portfólio premium da mineradora, ressaltando ainda a diversificação única de ativos e a cadeia de suprimentos robusta, que colocam o portfólio da empresa entre os mais flexíveis do setor.

O Goldman Sachs considera que a Vale está recuperando uma flexibilidade operacional que não era demonstrada nos últimos anos.

No segmento de metais básicos, o banco notou uma redução na projeção de longo prazo, especialmente para o cobre, devido à incerteza em torno do grande projeto Hu’u, na Indonésia.

Os analistas também destacaram as melhorias significativas que a empresa vem realizando em eficiência operacional, embora considerem que essas mudanças ainda não estejam refletidas de forma apropriada no preço das ações.

“Entendemos as preocupações relacionadas às incertezas do minério de ferro e a preferência dos investidores por exposição ao cobre dentro das commodities, mas acreditamos que a Vale pode recuperar sua competitividade”, disseram.

Nesta quarta-feira (4), VALE3 caiu 1,95%, a R$ 57,33.

Santander vê novas projeções como ‘neutras’

Na véspera, a Vale também atualizou projeções para uma produção de 325 milhões a 335 milhões de toneladas de minério de ferro em 2025, ante cerca de 328 milhões em 2024.

Para o Santander, que tem recomendação outperform para o papel, os números estão alinhados às expectativas do mercado, com destaque para metas de produção, iniciativas de eficiência de custos e áreas estratégicas de foco para crescimento de longo prazo.

A empresa parece estar priorizando produtos de maior qualidade e eficiência, com um esforço para integrar práticas de economia circular e reduzir custos operacionais, destacaram os analistas Yuri Pereira e Giovana Langanke.

Eles sublinharam que, em relação à dinâmica do mercado de minério de ferro, a Vale prevê um equilíbrio entre oferta e demanda a um preço acima de US$ 90/tonelada no longo prazo.

No segmento de metais básicos, os projetos de cobre são vistos como fundamentais para sustentar o crescimento futuro, especialmente alinhados à transição energética global.

O Santander ainda notou que a transformação cultural da Vale é percebida como um passo importante para torná-la uma organização mais confiável e orientada para a performance.

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Editor
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com revista Veja, Estadão, entre outros.
kaype.abreu@moneytimes.com.br
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Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com revista Veja, Estadão, entre outros.
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