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Vale (VALE3) salta mais de 6% com novo ‘empurrão’ do minério de ferro

26 set 2024, 13:38 - atualizado em 26 set 2024, 17:30
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Ações de Vale operam entre as maiores altas do pregão e dão fôlego ao Ibovespa (Imagem: REUTERS/Pilar Olivares)

Sendo a ação mais negociada no mercado brasileiro, as ações da Vale (VALE3) saltaram mais de 6% no pregão desta quinta-feira (26). 

Na máxima do dia, VALE3 subiu 6,22%, a R$ 64,38. Os papéis fecharam em alta de 6,01%, a R$ 64,25. 



Por ser uma das ações ‘pesos-pesados’ do Ibovespa (IBOV), a mineradora sustenta o tom positivo do índice — que retomou os 133 mil pontos. Acompanhe o Tempo Real.

Na esteira de Vale, Bradespar (BRAP4) também figura entre as maiores altas do Ibovespa. Os papéis subiram  6,45%, a R$ 20,46. 



Mas não só. O setor de mineração e siderurgia lidera os ganhos do principal índice da bolsa brasileira na semana. Em destaque, CSN (CSNA3) já acumula alta de mais de 16% em quatro sessões. 

O impulso é dado, mais uma vez, pelo minério de ferro. A commodity emplacou o terceiro dia de alta consecutivo na China e retomou a cotação de US$ 100 a tonelada. 

O contrato de janeiro do minério de ferro mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE) da China devolveu as perdas registradas mais cedo, encerrando a sessão com avanço de 1,75%, a 728 yuans (US$ 103,73) a tonelada.

Já o minério de ferro de referência para outubro na Bolsa de Cingapura subiu 2,49%, para US$ 98,80 a tonelada. O contrato atingiu durante o dia os US$ 99,25 a tonelada, aproximando-se da marca psicológica de US$ 100 a tonelada pela segunda vez nesta semana.

Em uma série de anúncios de estímulos, a China informou novas medidas para recuperar a economia do país — o que trouxe maior confiança, enquanto começava a se dissipar a última onda de frenesi pela flexibilização monetária.

Hoje, os líderes chineses prometeram implantar “gastos fiscais necessários” para atingir a meta de crescimento econômico deste ano de aproximadamente 5%, em um movimento que surpreendeu o mercado.

Pacote de estímulos na China 

No início da semana, o Banco Central da China (PBoC, na sigla em inglês) lançou o maior pacote de estímulo desde a pandemia para tirar a economia de seu estado deflacionário e voltar a atingir a meta de crescimento do governo. 

Com foco no mercado imobiliário, o BC reduziu as taxas de juros médias para hipotecas existentes em 50 pontos-base e fez um corte na exigência de entrada mínima para 15% em todos os tipos de moradias, entre outras medidas.

O BC chinês também introduziu duas novas ferramentas para impulsionar o mercado de capitais.

A primeira foi um programa de swap com tamanho inicial de 500 bilhões de yuans, que permite que fundos, seguradoras e corretoras tenham acesso mais fácil a financiamento para comprar ações. 

Já a segunda medida oferece até 300 bilhões de yuans em empréstimos ‘baratos’ do banco central a bancos comerciais para ajudá-los a financiar compras e recompras de ações de outras entidades.

O pacote mais amplo do que o esperado, que oferece mais financiamento e cortes nas taxas, marca a mais recente tentativa de Pequim de restaurar a confiança depois que uma série de dados decepcionantes levantou preocupações sobre uma desaceleração estrutural prolongada.

Além disso, o PBoC reduziu as taxas de juros para um período de 14 dias — iniciado na segunda-feira (23) —, que foi considerado um pequeno sinal de anúncio de novos estímulos monetários e prenunciou as demais medidas. 

Os estímulos impulsionaram o sentimento no mercado de commodities, incluindo o minério de ferro, cujos ganhos de preço apagaram totalmente as perdas registradas em setembro.

*Com informações de Reuters

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Jornalista formada pela PUC-SP. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
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