Vale (VALE3): Santander aumenta preço-alvo e revela projeção de dividendos para 2026
O Santander elevou o preço-alvo da Vale (VALE3) e reforçou sua visão construtiva para a companhia em 2026, destacando a combinação de preços sustentados do minério de ferro, valuation atrativo e forte geração de caixa, que deve se traduzir em dividendos bilionários aos acionistas.
Em relatório sobre o setor de metais e mineração na América Latina, o banco introduziu um preço-alvo de US$ 15,50 por ADR para o fim de 2026, acima do patamar anterior de US$ 15,00 para o fim de 2025, reiterando a recomendação Outperform e mantendo a Vale como sua Top Pick no setor.
Do ponto de vista de valuation, o Santander ressalta que a Vale negocia a 3,8 vezes o EV/Ebitda estimado para 2026, um desconto de 15% em relação ao consenso de mercado e de 24% frente à média de pares globais.
Por volta das 13h, as ações da Vale negociadas na B3 subiam 1%, a R$ 71.
Dividendos no radar
Segundo o Santander, a companhia deve pagar dividendos mínimos de US$ 4,1 bilhões em 2026, o que corresponde a um yield estimado de 7,5%, em linha com a política de remuneração anunciada.
Além disso, o banco vê espaço para US$ 578 milhões em dividendos extraordinários, o que adicionaria cerca de 1,1 ponto percentual ao retorno total ao acionista, considerando a meta ampliada de dívida líquida de US$ 15 bilhões.
A visão positiva é sustentada por um cenário construtivo para o minério de ferro, que, na avaliação do Santander, deve permanecer acima de US$ 100 por tonelada em 2026, apoiado por oferta global limitada, custos de produção mais elevados e demanda resiliente, especialmente da China, além do avanço de mercados como Índia, Sudeste Asiático, Oriente Médio e Norte da África.
O banco elevou sua estimativa de preço médio do minério de ferro para US$ 105 por tonelada em 2026.