Comprar ou vender?

Vale (VALE3): Safra tem novo preço-alvo; veja recomendação e potencial

29 maio 2025, 13:13 - atualizado em 29 maio 2025, 17:33
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No encontro, a Vale reiterou seu otimismo com os preços do minério de ferro, apesar no ceticismo do mercado (Imagem: REUTERS/Pilar Olivares)

O Safra cortou o preço-alvo da Vale (VALE3) de R$ 72 para R$ 68 após encontro com a administração da companhia. O novo preço embute potencial de alta de 26% ante o último fechamento, com recomendação de compra.

Segundo a casa, a queda reflete menores projeções nos resultados de níquel devido ao maior ponto de equilíbrio e preços mais baixos para o minério de ferro, “à medida que reduzimos os prêmios de longo prazo e aumentamos o ponto de equilíbrio”.

Mesmo assim, para os analistas, a ação parece atraente, sendo negociada a um EV/Ebitda (valor de mercado sobre resultado operacional) de 3,7x em 2025 e oferecendo um rendimento médio de 12% em fluxo de caixa (FCF) para 2025 a 2027 — uma boa comparação com seus concorrentes australianos (5,2x EV/Ebitda, FCF médio de 3%).

Vale otimista com o mercado de minério

No encontro, a Vale reiterou seu otimismo com os preços do minério de ferro, apesar no ceticismo do mercado com o ferro.

Problemas macroeconômicos globais, níveis fracos de atividade na China e piora na sazonalidade da oferta são alguns dos entraves.

A administração da Vale, porém, aposta que o desenvolvimento de novos projetos tornou-se mais complexo e intensivo em capital, limitando o crescimento da oferta.

Ainda segundo a Vale, os volumes do maior projeto de mineração do mundo, a Simandou, que pertence à Rio Tinto, podem pressionar os mercados de minério de ferro num primeiro momento, embora o esgotamento das reservas existentes deva compensar a nova oferta do projeto.

Em relação à demanda, o consumo de minério de ferro chinês pode cair na visão da Vale, o que novamente pode ser compensado pelo crescimento em outras regiões.

Dividendos ou recompra?

No encontro com os analistas, a Vale reafirmou sua linha de base de investimento de US$ 5,9 bilhões/ano, mas continua trabalhando para reduzir esse valor.

“Se as condições de mercado se deteriorarem mais do que as expectativas da administração, há flexibilidade para reduzir os investimentos abaixo da linha de base atual”, escreveu o Safra.

Para remunerar o acionista, atualmente, a administração prefere recompras de ações a dividendos extraordinários.

Em relação a fusões e aquisições, a Vale avaliou a Bamin, uma mineradora brasileira subsidiária da mineradora cazaque Eurasian Natural Resource Corporation, mas observou que o investimento significativo necessário para tornar o projeto operacional o torna menos interessante.

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Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022, 2023 e 2024. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
renan.dantas@moneytimes.com.br
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