Vale (VALE3): Ação ainda está atraente, vê Safra; veja potencial de alta
O Banco Safra, em relatório assinado por Ricardo Monegaglia e Conrado Vegner, reiterou a classificação “outperform”, equivalente à compra, para as ações da Vale (VALE3), acreditando que há mais “riscos ascendentes para as nossas estimativas e valuation atraente”.
O preço-alvo é de R$ 80, potencial de alta de 27% ante o fechamento de quarta-feira (29).
Segundo os analistas, a percepção de risco para a empresa caiu desde fevereiro, apesar da mudança de pensamento ter acontecido em conjunto com a queda das ações durante o período, de 4%.
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Para eles, os motivos para as estimativas mais otimistas estão concentrados nos preços de commodity, restrições à produção e provisões adicionais.
Entretanto, o Safra também está de olho nos riscos para a empresa, sendo eles:
- deterioração no nível de atividade do setor imobiliário da China, o que causaria impacto nos preços do minério de ferro;
- dependência da Vale de licenças ambientais e certificações de terceiros para aumentar a produção;
- provisões adicionais relacionadas aos eventos de Samarco, Brumadinho ou renovação de concessões ferroviárias.
O caso Samarco também é citado, com a expectativa de US$ 2.3 bilhões em gastos adicionais para a Vale, que pode ser exagerada ou não, dependendo de pontos como as ações cíveis contra a mineradora serem julgadas improcedentes, por exemplo.
Safra é confiante na capacidade de produção da Vale
O relatório aponta que as estimativas de Ebitda para 2024 aumentariam 11%, de US$ 17.8 bilhões para US$ 19.8 bilhões, caso os preços das commodities continuem nos níveis atuais.
É destacada a alta de 24% nos preços do cobre desde fevereiro, enquanto o níquel também aumentou 19% no mesmo período.
O Safra também vê pouco risco para a Vale perder seu guidance (projeção) de produção do minério de ferro.
“Estamos confiantes de que a Vale pode superar o limite máximo de seu guidance de produção para 2024 (entre 310 milhões de toneladas e 320 milhões de toneladas), graças à produção de minério de ferro de 325 milhões de toneladas nos últimos doze meses do 1T24 e pelo início da expansão da capacidade de Vargem Grande de 15 milhões de toneladas por ano no 4T24”, afirma.
O banco também compara a empresa com seus companheiros, acreditando que o atual desconto EV/Ebitda (valor da firma sobre resultado operacional) com relação aos seus pares é excessivo, já que preocupações com provisões adicionais, um colapso dos preços do minério de ferro e com o processo de sucessão do CEO da empresa foram diminuídas.