Ibovespa

Vale (VALE3) relega alta do minério de ferro e cai 2% na B3, sob impacto da China

24 out 2022, 11:56 - atualizado em 24 out 2022, 12:00
Vale relega alta do minério de ferro e cai mais de 2%, penalizada pela decisão da China de fortalecer poder do presidente Xi Jinping e após dados econômicos mistos (Imagem: REUTERS/Carlos Garcia Rawlins)

A Vale (VALE3) é negociada em queda firme na B3, contribuindo para o recuo acelerado do Ibovespa, que também sente o impacto do tombo da Petrobras (PETR3,PETR4). Enquanto a petrolífera devolve parte dos ganhos da semana passada, quando subiu na esteira do clima de “virada” nas eleições, a mineradora reage aos eventos vindos da China.

Por volta das 11h40, as ações da Vale cediam 2,10%. Em Nova York, os  recibos de ações (ADRs) da mineradora recuava 4,50%, confirmando o sinal negativo exibido ainda no pré-mercado. Entre os demais ativos, o Ibovespa caía 2,4%, ainda defendendo os 117 mil pontos, mas penalizado pela derrocada de mais de 6% de Petrobras PN. 

O movimento da mineradora vai na contramão da alta dos preços do minério de ferro negociado no exterior. Em Dalian (China), o contrato futuro mais ativo, referente a janeiro, fechou em alta de 0,59%, a 682,50 yuans. Já em Singapura, o preço à vista da commodity metálica fechou em alta de 0,48%, a US$ 94,90. 

Vale e o peso chinês

De um modo geral, a Vale está mais atenta aos eventos vindos da China durante o fim de semana. Além da consolidação do poder do presidente Xi Jinping, que garantiu um inédito terceiro mandato, os investidores também digerem o fortalecimento do núcleo político para avançar no projeto chinês de desenvolvimento econômico.

Porém, os indicadores de primeira grandeza divulgados hoje trazem dúvidas em relação a essa jornada. Apesar da expansão do Produto Interno Bruto (PIB) ganhar tração e crescer acima do esperado no trimestre passado, em +3,9%, os dados das vendas no varejo em setembro, de +2,5%, mostram que a demanda doméstica segue fraca. 

“O PIB do terceiro trimestre apontou para um crescimento mais rápido do que o esperado, contrariando as previsões. Mas a abertura dos dados pinta um quadro de recuperação misto, que ainda é influenciados pelas medidas de combate à Covid-19”, resume a economista-chefe do ING, Iris Pang, em relatório. 

Xi III

Para o economista sênior da Capital Economics, Julian Evans-Pritchard, a “limpeza de Xi” no núcleo político torna mais difícil para o Partido mudar de rumo na economia, se a agenda política do líder chinês vacilar. “Xi Jinping removeu os últimos vestígios de facções rivais dos altos escalões do Partido, empilhando o Politburo de aliados”, avalia. 

Porém,  há quem diga que as mudanças promovidas pelo líder chinês foi um golpe de mestre. Na estreia da coluna “Direto da China”, o especialista em administração pública chinesa J. Renato Peneluppi Jr. afirma que a China apenas fortaleceu seu núcleo político para avançar em um período complexo, tanto nacional quanto global.

“Aos olhares mais atentos, não houve grandes mudanças no 20º Congresso do Partido. Apenas uma continuidade e aprofundamento das tendências já existentes”, afirma o brasileiro.

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Olívia Bulla é editora-chefe do Money Times, jornalista especializada em Economia e Mercado Financeiro, com mais de 15 anos de experiência. Tem passagem pelos principais veículos nacionais de cobertura de notícias em tempo real, como Agência Estado e Valor Econômico. Mestre em Comunicação e doutoranda em Economia Política Mundial, com fluência em inglês, espanhol e conhecimento avançado em mandarim.
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