Vale (VALE3) registra ‘trimestre para esquecer’, mas tem espaço para maiores dividendos
A Vale (VALE3) teve um terceiro trimestre “para esquecer” com números abaixo do esperado por analistas, apresentando performance mais fraca nas divisões de ferrosos e metais básicos, em um reflexo de preços mais baixos do minério de ferro.
A Ajax Capital nota que o custo caixa C1 (excluindo compras de terceiros) caiu US$ 1,5/ton e o breakeven do minério de ferro atingiu US$ 58/ton, mas lembra que o fluxo de caixa livre ficou estável, a US$ 2,164 bilhões.
A Vale teve lucro líquido de US$ 4,44 bilhões no terceiro trimestre do ano, em uma queda de 19,2% em relação ao mesmo intervalo de 2021 e acima dos US$ 3,04 bilhões esperados pelo mercado, segundo consenso da Bloomberg.
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Os papéis da empresa caíam
Dividendos da Vale
A mudança na metodologia de cálculo da dívida líquida expandida, que exclui e determinadas provisões, pode incorrer em maiores dividendos e programas de recompras de ações, disseram analistas.
O BTG Pactual falou, em relatório assinado por Leonardo Correa e Caio Greiner, em “flexibilidade para a gestão ser mais agressiva no retorno de caixa no futuro”.
Para o banco, a perspectiva sobre a companhia está no piso e a expectativa sobre a economia chinesa é de melhora gradual em 2023.
Analistas da instituição citam o relaxamento das restrições contra a covid-19 e a diminuição da correção do mercado imobiliário.
“A administração continua disciplinada em sua estratégia de alocação de capital (muito pouco capex de crescimento)”, disse.
O BTG, que recomenda compra de VALE e tem preço-alvo de US$ 25 para a ação, prevê um rendimento de 10% a 11% para 2023, incluindo recompra.
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