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Vale (VALE3) prevê desembolsar US$ 10,1 bilhões até 2027 com tragédias de Brumadinho e Mariana

24 abr 2024, 20:28 - atualizado em 24 abr 2024, 20:28
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Longe do fim: rompimento da barragem da Vale (VALE3) em Mariana completa nove anos (Imagem: REUTERS/Ricardo Moraes))

A Vale (VALE3) aproveitou a divulgação do balanço do primeiro trimestre de 2024 (1T24), nesta quarta-feira (24), para atualizar suas estimativas de desembolsos anuais relativos ao rompimento das barragens de Brumadinho e Mariana, ambas em Minas Gerais. A mineradora estima desembolsar US$ 10,1 bilhões entre 2024 e 2027 com as consequências das tragédias.

A conta considera um câmbio de R$ 4,9962 por dólar. Segundo a mineradora, os valores são apresentados em termos reais, líquidos de depósitos judiciais e sem desconto a valor presente.

A descaracterização das barragens consumirá entre US$ 500 milhões e US$ 600 milhões por ano neste período, segundo o fato relevante divulgado pela Vale. Já os acordos judiciais de Brumadinho devem consumir US$ 1 bilhão neste ano, e o mesmo tanto em 2025.

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Vale (VALE3): Relembre as tragédias de Brumadinho e Mariana

Em um intervalo de quatro anos, duas barragens de rejeitos da Vale romperam, causando centenas de mortes e deixando milhares de desabrigados, além de graves danos ambientais. O primeiro acidente ocorreu em 2015, quando a barragem do Fundão, em Mariana, veio abaixo, causando 19 mortes. Quatro ano depois, em 2019, foi a vez da barragem de Brumadinho romper, deixando 272 mortos.

Em comum, as duas barragens foram construídas usando o método de alteamento a montante, pelo qual, a barragem é ampliada para cima, utilizando o próprio rejeito de minério de ferro para estruturá-la. Esse método é considerado de alto risco, e já foi banido em países como o Chile. Após as duas tragédias, a Vale decidiu mudar o método de construção das barragens.

Vale decepciona no balanço do 1T24

A Vale reportou lucro líquido atribuível aos acionistas de US$ 1,6 bilhão no primeiro trimestre de 2024, mostra relatório enviado ao mercado nesta quarta-feira (24), queda de 9% em relação ao mesmo período do ano passado. O número ficou abaixo do consenso da Bloomberg, que esperava lucro de US$ 1,810 bilhão.

Veja o fato relevante com a atualização das estimativas de desembolso da Vale para Brumadinho e Mariana: