BusinessTimes

Vale (VALE3): Por que ficar menos otimista com a ação, segundo a Genial

10 abr 2023, 10:02 - atualizado em 10 abr 2023, 10:03
Vale
Corretora cita “falta de assertividade” da Vale em acordos envolvendo Mariana. (Imagem: Bloombeg)

A Genial Investimentos cortou o preço-alvo para as ações da Vale (VALE3), a R$ 89 ao final deste ano – o que representa um potencial de alta de 15,96%. A corretora reiterou a recomendação “neutra” para os papéis.

A alteração considera uma nova projeção para a curva de minério, custo de capital maior, uma sensibilidade nas provisões para o “acidente de Mariana (MG)” e uma visão menos construtiva que o consenso para a demanda na China, segundo relatório assinado por Igor Guedes e equipe.

Para a corretora, alguns fatores na China começarão a inverter o sentido da curva de minério de ferro a partir do segundo semestre, reduzindo o spread da curva para patamares “mais racionais”.

Analistas citam cortes de aço bruto, inspeções regulamentares – levando a liquidação parcial do posicionamento especulativo -, aumento dos embarques (criando um excedente de mercado e anulando a restrição de oferta), mercado imobiliário ainda com uma performance “preocupante” e menos espaço fiscal para incentivos do governo na economia chinesa.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Incerteza impacta Vale

A Genial fala em “falta de assertividade” da Vale em acordos envolvendo Mariana e diz que a demora para avançar com os processos é um sinal de que a empresa está com dificuldades de negociar um valor que seja próximo daquilo que inicialmente estava disposta a pagar.

“Nossa visão é de que, caso o acordo já estivesse de pé, as incertezas com relação a esse assunto seriam consideravelmente menores. Sabemos que o mercado não gosta de incertezas, e o preço dos ativos sofrem maior volatilidade diante desse tipo de cenário onde ainda há dúvidas”.

Para os analistas, as chances de o valor final do acordo ser maior do que a Vale estava projetando em seu orçamento são grandes. “Resolvemos criar uma sensibilidade em relação ao guidance de provisionamento que foi passado pela companhia, o que levou a uma detração no valuation em nosso modelo”, disseram.

Editor
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com revista Veja, Estadão, entre outros.
kaype.abreu@moneytimes.com.br
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com revista Veja, Estadão, entre outros.