Vale (VALE3) pode pagar dividendos extraordinários, diz Bradesco BBI

O Bradesco BBI disse que continua a ver espaço para a Vale (VALE3) pagar dividendos extraordinários, “particularmente no segundo semestre de 2025“, de acordo com relatório disponibilizado pela Ágora Investimentos.
A Vale divulga o balanço do quarto trimestre do ano passado nesta quarta-feira (19), após o fechamento do mercado. O Bradesco BBI segue com recomendação de compra para o papel.
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Ao citar a possibilidade de dividendos extraordinários, o banco argumenta que os preços do minério de ferro seguem firmes, acima do nível de US$ 100/tonelada, e que a perspectiva em relação à história da Vale está melhorando, diz trecho do relatório assinado por Rafael Barcellos e Renato Chanes.
“A empresa também está a caminho de mais um ano de forte desempenho operacional em 2025, enquanto a remuneração dos acionistas continua sendo um foco importante para a administração”, disseram os analistas.
Eles disseram esperar que a administração forneça mais informações sobre o potencial de retorno de caixa e sua estratégia de alocação de capital, durante a teleconferência agendada para amanhã.
Para o analista da Empiricus Ruy Hungria, será importante entender como alguns eventos recentes, notadamente o acordo de Mariana (MG), podem afetar os valores.
“Um tema importante a ser analisado é o desempenho dos custos, que depois de alguns trimestres decepcionantes pode começar a mostrar uma melhora mais consistente”, acrescentou.
O que esperar da Vale no 4T24
A Vale deve registrar uma baixa nas principais linhas do balanço do quarto trimestre, sob influência de menores volumes de vendas e queda das cotações de minério de ferro. Analistas veem uma pressão sobre as margens e citam ainda o ajuste de mix de vendas.
A empresa deve reportar lucro líquido em US$ 2,0 bilhões, em uma queda anual de 14,9%, receita de US$ 10,3 bilhões, em uma baixa de 21,1%, e Ebitda ajustado de US$ 3,8 bilhões, representando um recuo de 38,9%, segundo analistas da Genial Investimentos.
As estimativas de Santander e BTG Pactual para o Ebitda são de US$ 3,9 bilhões.