Vale (VALE3): Negócio de minério de ferro pode ficar de escanteio?
A notícia de que a Vale (VALE3) contratou o Goldman Sachs para avaliar a melhor alternativa para sua unidade de metais básicos mostra que a mineradora deve investir forte em níquel e cobre nos próximos anos. No entanto, isso não indica que ela sairá do negócio de minério de ferro, diz o analista da Mirae Asset, Pedro Galdi.
A informação da contratação de um banco de investimento foi divulgada na coluna do Lauro Jardim, d’O Globo, mas não foi oficialmente confirmada pela companhia. As possibilidades para o futuro da operação de metais vão desde a venda da unidade, a procura de um sócio e até um spin-off.
O especialista da Valor Investimentos, Virgilio Lage, afirma que esse movimento aumenta o leque de negociações da Vale, facilitando a transação com outros países, além do seu principal fornecedor, a China. “Como um investimento de longo prazo, é viável para a empresa”, diz.
Pela China ser responsável por mais da metade das receitas da mineradora, a Vale se torna refém dos desdobramentos dos riscos envolvendo o mercado e a política do país.
A Ativa Investimentos acredita que a contratação é mais um passo importante para definir o futuro da divisão, que atualmente se sobressai como “um dos principais catalisadores para os papéis da companhia a médio prazo”.
Galdi, da Mirae, ainda associa o setor à evolução dos carros elétricos, que devem registrar forte crescimento.
O analista também lembra, que, recentemente, a Vale anunciou a aprovação pelo seu conselho de administração da cisão da empresa com outras duas, uma ferrosos (minério de ferro) e outra não ferrosos (níquel e cobre).
De acordo com o consenso do TradeMap, VALE3 tem recomendação de compra para 11 corretoras, com preço-alvo médio de R$ 97,09. Outras sete corretoras indicam manter os papéis.
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