Vale (VALE3) na carteira e troca entre elétricas: BofA não teme início de ano fraco da Bolsa e segue otimista com Brasil

Os mercados perderam um pouco de fôlego após o rali de fim de ano. O Ibovespa, que chegou às máximas históricas em dezembro, acumula uma queda de 2,04% desde que 2024 começou.

Mas é precipitado dizer que o otimismo acabou. O Bank of America (BofA) é uma das instituições que seguem construtivas com a América Latina, estando inclusive “overweight” para o Brasil. O banco vê gatilhos positivos para grandes setores, considerando expectativa de taxas de juros menores, um movimento de “soft landing” para a economia dos Estados Unidos e preços elevados do minério de ferro.

Ainda assim, o BofA ressalta que a questão dos juros está dependendo cada vez mais dos mercados globais.

“Enfrentamos um cenário de baixo crescimento de resultados, juros que ainda estão em território contracionista, apesar da desaceleração, e valuations que não parecem mais tão interessantes se comparados com 2023″, comenta.

Por isso, o BofA sugere algumas possíveis mudanças na carteira.

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Bancos, PRIO3, VALE3 e outros ativos para ficar de olho

O BofA está de olho nos grandes bancos. Para os próximos meses, analistas podem considerar dar mais atenção ao setor, atualmente “marketweight” no portfólio.

“Monitoramos crescimento de empréstimos, NPLs (créditos não produtivos) menores e custos de financiamento mais baixos”, afirma.

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Além dos bancos, o time de análise segue construtivo com o mercado de minério de ferro, visto que os baixos estoques nas usinas chinesas e os cortes de produção devem oferecer suporte para os preços da commodity. Tais fatores explicam por que o BofA está overweight com a Vale (VALE3).

Em relação ao petróleo, as estimativas do BofA para os preços do barril em 2024 foram revisadas para baixo, de US$ 90 a US$ 80. No setor, o banco gosta de Prio (PRIO3) e mantém Petrobras (PETR4) com classificação de marketweight.

Além dessas ações, o BofA adicionou ao portfólio Embraer (EMBR3), considerando melhorias de eficiência, inovação e fortes volumes nas divisões Comercial e de jatos executivos.

Do setor de energia elétrica, houve uma troca: sai Equatorial (EQTL3) e entra Energisa (ENGI11).