Coluna do Market Makers

Vale (VALE3): Muitos olham, poucos gostam

20 jul 2023, 15:14 - atualizado em 20 jul 2023, 15:16
Vale
Tendo contato com muitos gestores e analistas, o Market Makers consegue fazer um “termômetro” do que o mercado acha de uma empresa (Imagem: Flávya Pereira/Money Times)

Uma das coisas mais curiosas do mercado é a rapidez com que as condições e as narrativas mudam – é a tal da bipolaridade do Sr. Mercado.

Um exemplo disso é o que aconteceu com as ações da Vale nos últimos doze meses: a VALE3 foi de queridinha da Faria Lima no final do ano passado – sendo uma das maiores apostas dos gestores para a reabertura da China – beirando os R$ 100 por ação; para rejeitada e fonte de ‘funding’ para a compra de outras ações após a reabertura chinesa frustrar as expectativas.

Enquanto ao final de 2021 e início de 2022 a expectativa de aumento de consumo das commodities devido à aceleração da vacinação no mundo e a invasão da Ucrânia pela Rússia foram os grandes catalisadores para a alta das commodities devido aos receios de uma redução da oferta global; no segundo semestre, a desaceleração da economia chinesa – gerada pela política rígida de covid-zero – colocou a demanda por commodities em xeque e despertou uma correção de preços.

Porém, em outubro de 2022 a narrativa mudou novamente: dessa vez, o afrouxamento das políticas de isolamento pelo governo chinês levariam a um aumento da demanda por commodities.

Aliás, muitos investidores apostaram no petróleo ao invés do minério de ferro já que o mais provável era que o chinês saísse de casa e consumisse mais combustível.

Para surpresa de todos, quem andou foi o minério e não o petróleo.

Tendo contato com muitos gestores e analistas, o Market Makers consegue fazer um “termômetro” do que o mercado acha de uma empresa. Acreditamos que as maiores oportunidades se encontram nas empresas que quase ninguém olha ou que quase ninguém gosta. No caso da Vale, muita gente olha mas poucos gostam.

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