Vale (VALE3): Mercado ignora fonte que pode levar à próxima alta das ações, avalia BTG
Quando se fala em Vale (VALE3), grande parte do mercado associa o nome da empresa ao minério de ferro. O que poucos lembram, no entanto, é que a companhia é a segunda maior produtora de níquel, perdendo apenas para a cidade russa Norilsk.
Segundo o BTG Pactual (BPAC11), o mercado não está levando em consideração o tamanho da exposição da Vale a este mercado.
“Nossa impressão é de que os investidores estão atribuindo muito pouco (se é que estão atribuindo alguma coisa) valor para a divisão de metais básicos da Vale”, afirmam Leonardo Correa e Caio Greiner, responsáveis pelo relatório divulgado nesta terça-feira (22).
O BTG lembra que a companhia possui uma participação relevante, sendo responsável por aproximadamente 5-6% da oferta global.
Nova fonte de upside
Com a escalada das tensões no Leste Europeu, os preços do níquel estão no caminho para atingir US$ 25 mil a tonelada, alta não vista há décadas, destaca o BTG.
Analistas afirmam que, se as condições atuais se desenvolverem, o mercado pode estar diante de uma nova fonte de upside para Vale.
“Adicionaríamos cerca de US$ 1 bilhão em Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) versus nossas expectativas conservadores que atualmente são delineadas para 2022”, comentam.
De acordo com o BTG, esse upside pode ser o bastante para mitigar parte das pressões de custos que a companhia tem vivenciado recentemente.
O banco lembra que a própria administração da Vale já entendeu que existe valor relevante a ser desbloqueado na divisão e está trabalhando para melhorar a percepção do investidor sobre o negócio no médio prazo.
O BTG recomenda a compra das ADRs (American Depositary Receipts, recibo de ação de uma empresa estrangeira negociada nos Estados Unidos) da Vale (VALE), com preço-alvo para os próximos 12 meses de US$ 22.
Os analistas esperam que o consenso do mercado revise as expectativas de lucro para Vale na faixa dos 20% ao longo das próximas semanas.
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