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Vale (VALE3): Me arrependi todas as vezes que vendi, diz Fabio Baroni, da AGF

08 out 2024, 15:25 - atualizado em 08 out 2024, 15:27
Fabio Baroni
Baroni é um dos sócios da AGF, Ações que Garantem o Futuro, plataforma que auxilia o investidor a replicar o método de Luiz Barsi (Imagem: Divulgação)

A Vale (VALE3) volta a ‘testar’ seus investidores nesta terça-feira (8) em uma nova queda em meio à frustração com a China. O papel vive intensa volatilidade no ano, justamente por conta da fraqueza do país e outros temores, como a multa do desastre de Mariana.

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Para Fabio Baroni, porém, não tem jeito: o investidor que quiser ter Vale no portfólio terá que ter ‘estômago de aço’. Baroni é um dos sócios da AGF, Ações que Garantem o Futuro, plataforma que auxilia o investidor a replicar o método de Luiz Barsi, o maior investidor pessoa física da bolsa e conhecido como Rei dos Dividendos.

O investidor foi um dos convidados do último Money Minds, que também contou com a participação de Louise Barsi, economista e filha de Luiz Barsi.

Veja o episódio na íntegra abaixo:

“Eu acompanho a Vale desde 2008, já tive ela na carteira e me arrependi todas as vezes que eu vendi, porque eu usei ela como algo que não deveria ser usado. Eu comprei ela para revender fortificando uma outra empresa previdenciária. Eu percebi que se eu tivesse mantido, isso seria muito mais benéfico para mim no longo prazo”, destaca.

Em sua visão, para analisar a Vale é preciso ver o filme e não a foto. Ele recorda que a companhia foi uma das ações do mundo que mais entregaram retorno nos últimos 25 anos.

“Qual que é o problema? É que nesse filme você tem fotos verdadeiramente tristes. Então você teve, por exemplo, na Vale o desastre de Mariana. Foi lamentável. E quem é que quer comprar nesses momentos? Esse é o ponto. Por isso falamos que é comportamental. Porque você fala, pô, o fundamento está lá, só que a empresa não está valendo nada. E agora? É o sangue frio para você comprar”, diz.

Para ele, os fundamentos da companhia são ‘fantásticos’, com uma administração que tem se esforçado para entregar retorno para o seu acionista, com programas de recompra de ações e pagamentos de dividendos.

“Fizeram uma venda muito boa da Vale Base Metals, num valor que eu acho que até foi um pouco maior do que até eles pensavam. Quem acabou comprando na média, fez um bom negócio. Agora, se o preço cair pela metade, e pode acontecer, historicamente já aconteceu, a pessoa não vai ter estômago para manter”, afirma.

Vale: Corporation não

Louise também foi questionada se investe em Vale e a resposta foi um contundente não.

E o primeiro argumento é o fato da companhia ser uma ‘corporation’ — não possuir um controlador definido. Nos últimos meses, a empresa, inclusive, sofreu para escolher um novo CEO em meio à falta de consenso no conselho.

“Quem manda na Vale? Não sei. E fica uma guerra. É um jogo de interesses ali”, argumenta.

Ela lembra que em uma empresa grande como a mineradora, são muitas decisões para se tomar, o que pode tornar o negócio rígido.

“O comitê que olha o comitê, que vai olhar o outro comitê. Até eu tomar uma decisão, o bonde já passou. Então, eu tenho dado cada vez mais preferência para empresas que têm dono, por pior que seja o dono, inclusive”.

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