Vale (VALE3): Mantega abrirá mão de ir para conselho, diz Folha; ação sobe
O ex-ministro da Fazenda Guido Mantega irá divulgar uma carta abrindo mão de um cargo no conselho da Vale (VALE3), informa a Folha de S. Paulo. O ex-ministro dos governos petistas foi sondado para assumir um cargo e até a presidência na mineradora, o que deixou gestores e parte do mercado preocupados.
Segundo o jornal, o movimento foi articulado pelo próprio presidente Lula. A ideia, de acordo com a reportagem, é que isso seja visto como um sinal para a mineradora privada escolher um outro nome para o cargo de presidente, sem reconduzir Eduardo Bartolomeo, que está no cargo atualmente.
- Mais uma bolada bilionária da Vivo (VIVT3): Entenda como redução de capital de R$ 1,5 bilhão pode ir parar no bolso dos acionistas da empresa, e se vale a pena ter as ações para receber uma fatia; É só assistir ao Giro do Mercado abaixo:
A articulação também teria o apoio do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. Na bolsa, as ações reagiram, com o papel subindo quase 2%. A ação iniciou o dia em queda. Veja no gráfico abaixo:
De acordo com O Globo, o conselho de administração da Vale deve se reunir até a próxima semana para definir o futuro de seu atual CEO, Bartolomeo, que comanda a mineradora desde 2019 e cujo mandato vence em maio.
Gestores reprovam atitude
De acordo com o Valor Econômico, os gestores ficaram insatisfeitos com a insistência do governo em tentar emplacar o nome de Mantega, que não possui experiência no setor. O economista vem sendo ventilado na companhia desde o ano passado.
“Sob o aspecto técnico, estamos falando de [indicação de] um executivo, e mesmo para posição de conselho, os investidores mais sérios, mais de longo prazo, que obviamente têm os seus posicionamentos, não se deixam influenciar, muito pelo contrário. Em muitas situações os investidores não entendem como saudável esse tipo de ação”, disse uma fonte ao jornal.
A estratégia do governo era utilizar a participação do Previ, fundos de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, que possui 10% na Vale, além de uma aproximação com a japonesa Mitsui, que possui fatia de 5% da companhia, para aumentar a influência da indicação.