Política

Vale (VALE3): Lula diz que dinheiro do acordo de Mariana precisa ser bem utilizado e será gerido pelo BNDES

25 out 2024, 13:23 - atualizado em 25 out 2024, 13:24
lula
(Imagem: REUTERS/Adriano Machado)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez nesta sexta-feira uma cobrança ao governo para que os recursos do acordo bilionário de reparação pelo rompimento de uma barragem em Mariana (MG) fechado pelo poder público com as mineradoras Vale (VALE3), BHP e Samarco sejam bem utilizados.

Em discurso durante cerimônia de assinatura do acordo, que prevê o pagamento de R$ 100 bilhões em recursos novos, Lula cobrou que os ministérios de seu governo façam projetos para utilizar o dinheiro para “reparar uma desgraça que uma empresa causou”.

O presidente também disse que os recursos serão geridos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Uma barragem de rejeitos de minério de ferro da Samarco, joint venture da Vale com a BHP, rompeu-se em novembro de 2015 e liberou uma onda de lama gigante que deixou 19 mortos, centenas de desabrigados e atingiu comunidades, florestas e rios, inclusive o rio Doce até o mar no Espírito Santo.

Acordo da Vale

O acordo, já esperado pelo mercado, define compromissos financeiros que totalizam aproximadamente R$ 170 bilhões, abrangendo medidas de reparação socioambiental e socioeconômica. Segundo a mineradora, esses recursos serão destinados a ações compensatórias, indenizações e recuperação ambiental, estruturados em três principais linhas de obrigações:

  • R$ 100 bilhões serão pagos ao longo de 20 anos ao Governo Federal, estados e municípios afetados, para financiamento de programas e ações de políticas públicas;
  • R$ 32 bilhões englobam obrigações específicas da Samarco, como indenizações individuais, reassentamento e restauração ambiental;
  • R$ 38 bilhões já foram investidos em ações de remediação e compensação.

A Vale afirmou que a celebração do acordo é um marco importante para resolver todas as demandas relacionadas ao evento de forma conjunta entre a companhia, a Samarco, BHP Brasil e as demais partes envolvidas.

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